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Revista EngWhere: Gestão de Custo EngWhere: Software de Orçamentos de Obras. Produção de Obra.
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ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS
E CANTEIROS DE OBRAS
    Ano 05 • nº 54 • 01/07/06
Nesta Edição

Produção de Obra: Dicas, Truques e Macetes
Marketing Empresarial: Clientes Vampiros e Outros
Profissional: Construção e Tecnologia

O roteiro dos orçamentos com o EngWhere é igualzinho ao dos orçamentos manuais:

* Atualize os preços dos insumos com o Armazém Geral;
* Transfira composições entre bancos de dados com o Intercambiar CPUs;
* Lance os quantitativos e dê os últimos retoques com o Lamber a Cria.

Bem, nem tudo ficou tão igual, mas, acreditamos, melhoraram muito!

EngWhere Orçamentos
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  Produção de obra . DICAS

Pequenas Dicas de Grande Eficácia

Planejamento de Obra
· MS Projet
Não tem valor o cronograma no MS Project que não contenha além da coluna das atividades antecessoras totalmente preenchida, também a coluna das atividades sucessoras, que, em conjunto, dão consistência à rede e facilitam as revisões.

Acompanhamento e Controle
· Lançando datas
Os desenhos do acompanhamento ficarão bem mais eficientes se em vez de se pintar os quadros dos eventos realizados forem lançadas as datas que efetivamente tais eventos ocorreram.

Orçamento de obra
· Técnica de orçamento: as tabelas
Para levantar quantitativos dos projetos ainda não foi inventado nada tão completo, eficiente e rápido quanto o lançamento eletrônico ou manual dos dados em tabelas, que ainda permitem organizá-los e classificá-los ao bel prazer de cada um.
· Técnica de orçamento: curvas ABC
Um orçamento só estará concluído após ser analisado sob a ótica da curva ABC, que reduz o trabalho de conferência e informação sobre a obra orçada, além de subsidiar o orçamentista quando a tarefa for reduzir custos.
· Regra de Três
Imprescindível na criação de composições de preços e nos levantamentos dos quantitativos do projeto. O orçamentista deverá dominar a matéria treinando e treinando, ou mesmo estudando-a em profundidade em bons livros do ginasial. Irá ganhar muito tempo depois.

Programação de Obra
· Segunda-feira recomeça
Tanto as programações semanais quanto as quinzenais ficarão mais apresentáveis (e surtirão melhor resultado) se elaboradas sempre no último dia de trabalho da semana, contemplando um período que se inicia na segunda-feira seguinte.

Produção de Obra
· Anormalidades
Quanto menos ganha o peão (abaixo do salário normal), menos ele trabalha e mais onerosa a obra.
Quanto mais trabalham os mensalistas que não percebem horas extras (além do expediente normal), mais a obra é desorganizada.

Início

   Atrás da fatídica mesa está sentado você!

O caso é verídico e se passou no Doze.
Doze, para quem está por fora, era o nome do vilarejo margeando a PA-70 (que cruza o Pará) justamente no KM 12, onde o canteiro da obra foi implantado. Instalou-se também um robusto gerador já que a região, naquela época, não dispunha de energia elétrica (contava com cerca 700 eleitores apenas).
O mestre da obra, um bonachão, resolveu, às escondidas, ceder um rabicho de luz para um de seus cupinchas que morava nas proximidades.
Como é natural nestes casos, e neste mundo o que não falta é cupincha, o cupincha do mestre resolveu brindar também os seus próprios, ou seja, de sua casa cedeu outros rabichos a vizinhos necessitados que, por sua vez, resolveram também... Bem, o importante é dizer que dentro de pouquíssimo tempo todo o Doze estava brilhando na iluminação, e, o que é mais grave, o gerador não estava agüentando o tranco.
Através de um cagüete (quem não tem cupincha cagüeta) o caso chega até você para resolver a pendenga.
O que fará?

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  Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL

Clientes Vampiros e Outros

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
eniopadilha@uol.com.br

Um dos maiores mitos do mundo dos negócios é o conceito de que a satisfação do cliente é a coisa mais importante a ser obtida por uma empresa. Esta concepção, aparentemente inquestionável é, na verdade, falsa. Ninguém abre uma empresa pensando, em primeiro lugar, nos interesses dos clientes. Se alguém pensa em abrir uma loja ou uma fábrica, ou uma empresa de serviços, a primeira pergunta que se faz é: “O que EU posso ganhar nesse negócio?” Ninguém pergunta, antes de qualquer outra coisa, “o que é que OS CLIENTES vão ganhar com isso?”
Portanto, vamos falar francamente. A satisfação do cliente NÃO ESTÁ em primeiro lugar. Não pode estar. Não deve. Não é inteligente.

Em primeiro (primeiríssimo lugar) estão os nossos próprios interesses. Interesses pessoais, interesses profissionais, interesses empresariais, interesses sociais, políticos... Os nossos interesses!
Mmmasss... e a satisfação do cliente? E tudo aquilo que sempre ouvimos nos cursos, nas palestras, nas entrevistas, nas conversas ? Afinal, “todo mundo sabe”: se eu der satisfação aos clientes, automaticamente eu terei todos os resultados positivos que estou procurando, certo?
Hummmmm... Não é bem assim.
A verdade é que nem todo cliente merece a satisfação que ele deseja ter. Os empresários bem sucedidos já descobriram isso e adotam a política do merecimento, que é a seguinte: “Senhor cliente, quer ficar satisfeito? Faça por merecer”.
No conjunto dos nossos clientes existem, pelo menos, quatro tipos distintos e precisamos ficar atentos a eles: clientes Vampiros, clientes ruins, clientes bons e clientes VIP.

Cliente vampiro é, por definição, o cliente que SEMPRE dá prejuízo.
Abra-se, aqui, um parêntesis: quando falamos de “lucro” ou “prejuízo” não estamos falando apenas de dinheiro ou de vantagens materiais. Lucros são vantagens de qualquer natureza. Ganhar qualidade de vida, boas condições de trabalho ou reconhecimento profissional é também uma boa forma de obter lucro. Evidentemente, como ninguém é de ferro, dinheiro também é sempre muito bem-vindo. Fecha-se o parêntesis.
O cliente vampiro, portanto, além de não dar ganhos financeiros, atormenta você, faz todo tipo de exigência e pressão, reclama de tudo, menospreza e desvaloriza o seu trabalho além, é claro, de consumir um tempo insuportável em todas as etapas de decisão.
No final do processo você teve prejuízo indiscutível. Mesmo que o cliente tenha ficado satisfeito. Só ele sai ganhando nessa relação.

Cliente ruim é o cliente que não dá lucro (ainda que não dê prejuízo). É o famoso “empatão”. Nessa relação você fecha um negócio que pode até parecer interessante mas, no decorrer do processo, os “extras” vão se avolumando e, no final das contas, você acaba concluindo que não ganhou nada com o negócio.
Existe uma diferença crucial entre os clientes ruins e os clientes vampiros: os primeiros são o que são por força, geralmente das circunstâncias (falta de dinheiro, ignorância ou outras dificuldades externas). Já os vampiros têm TODOS uma característica em comum: são mal intencionados.
Os clientes vampiros são exploradores. Querem levar toda a vantagem o tempo todo, em todas as etapas da negociação. Não são nem um pouco generosos e não abrem mão de nenhuma migalha. São mesquinhos e egoístas. É gente do mal ! Precisamos ter distância desse tipo.
Um cliente ruim, se por acaso ganhar numa loteria, pode até se tornar um cliente muito bom. Já um cliente vampiro (que geralmente já é muito rico), se ficar mais rico, fica ainda mais explorador e insuportável.
Não tem jeito. O negócio é identificar o Vampiro e decidir, FIRMEMENTE não fazer negócios com ele.

Cliente bom é aquele que aceita a sua condição de profissional e de negociante. Em outras palavras, é aquele que aceita fazer negócios. Quer receber um produto de boa qualidade a um preço justo e adequado. Evidentemente que, mesmo sendo um cliente bom, vai pedir um desconto no preço ou fazer uma ou outra exigência. Mas o desconto solicitado será sempre razoável e as exigências são todas aceitáveis. O cliente bom reconhece os limites entre os seus direitos de cliente e a inviabilização do lucro do fornecedor. Em suma: fazer negócios com um cliente bom vale a pena.

O cliente VIP (Very Important Person) é um cliente para ser tratado como um rei. Este sim, merece esse tratamento.
Um cliente VIP é aquele que busca pelo seu trabalho, valoriza sua condição profissional, dá a você todas as condições materiais de trabalho, permite que você atue no limite da sua capacidade técnica e profissional, enche a sua bola... e ainda paga por isso!
Paga quanto? Paga o que for pedido. (Atenção: cliente VIP nunca – eu disse “nunca” – pede desconto.)
É, em resumo, o cliente dos sonhos de todo mundo.

Duas boas notícias: primeira, existem muitos clientes BONS disponíveis no mercado. Muito mais do que a maioria de nós consegue ver. E não os vemos justamente porque estamos “enrolados” em nossas pequenas tragédias cotidianas, provocadas pelos clientes ruins e os vampiros. Gastamos 80 % dos nossos recursos (tempo, dinheiro e energia) atendendo e tentando satisfazer clientes que são responsáveis por não mais de 20 % dos nossos ganhos (financeiros, pessoais, profissionais...).
Segunda: existem muito mais clientes VIP em sua volta do que você imagina. E sabe por que você não os vê ? Porque procura por eles entre os clientes ricos. Nós nos acostumamos a fazer uma associação automática entre Cliente VIP e Cliente Rico. Partimos do princípio de que ter dinheiro e estar disposto a gastá-lo torna qualquer um VIP.
Um cliente não precisa ser rico para ser VIP. Veja novamente a definição de cliente VIP, acima. Veja que em momento algum foi dito que ele precisa ser rico ou que o trabalho que você fará para ele tem de ser de grande porte.
Você mesmo, no seu dia-a-dia, deve se comportar como cliente VIP para muitos dos seus fornecedores. Examine sua própria memória, verifique quantas vezes você chama um fornecedor - um pintor, um encanador, um mecânico, um eletricista...- e se comporta exatamente como um cliente VIP.
Então, comece a prestar mais atenção nos seus clientes e você verá que (muito provavelmente) está perdendo tempo demais com clientes ruins e vampiros e que não está dando atenção merecida para os clientes bons e VIP.
Semana que vem falaremos sobre como identificar esses tipos de clientes e o que fazer com eles.

Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br

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  Adilson Luiz Gonçalves . PROFISSIONAL

Construção e Tecnologia


Adilson Luiz Gonçalves

Engenheiro, Professor Universitário e Articulista.
algbr@ig.com.br

A construção civil é uma das áreas que mais emprega no Brasil. É assim aqui e no mundo, tanto que um dos indicadores de pujança econômica dos países é o bom desempenho do mercado imobiliário. No entanto, essa área sempre foi associada, nos países em desenvolvimento, à baixa qualificação dos operários e à falta de tecnologia. De certa forma, essa condição é reflexo da forma de gerenciamento praticada por alguns empresários do ramo, sem formação técnica, que, em nome de seu conceito de lucro, preferem manter alta-rotatividade dessa mão-de-obra de baixo custo, em vez de investir no aprimoramento profissional e tecnológico de suas empresas e empreendimentos. Acham, por medo ou arrogância, que o sabem já é suficiente...

Esse medo do novo – entenda-se: de perder o controle sobre o seu negócio – é responsável, em grande parte, pela imagem que os leigos, principalmente fora dos grandes centros, associam às nossas construções: A dos operários semi-alfabetizados, vestidos com roupas esfarrapadas, calçados com sandálias, comendo bóia-fria e comandados por gritos e palavrões de empresários chulos, entre tábuas cheias de pregos e pilhas de entulho. E isso tudo apesar das exigências das normas técnicas – de segurança, inclusive! Para piorar sua formação é artesanal e limitada, empírica. Normalmente, construtores e operários aplicam uma única “técnica” a todas as situações, em muitos casos, indevidamente. Além disso, muitos têm resistência a mudanças.

Não é à toa que esse aspecto sujo e pouco qualificado contribuiu significativamente para afastar nossos jovens de profissões como: Engenharia Civil e Arquitetura. O universo digital e a alta tecnologia passaram a exercer, principalmente nos últimos vinte anos, um intenso fascínio sobre as novas gerações. A visão retrógrada e empoeirada, mas, infelizmente, arraigada, de que as profissões ligadas à construção civil consistem unicamente de: cimento, areia, pedra e aço impede que os novos horizontes sejam enxergados.

Inicialmente, é fundamental frisar que Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo são cursos de largo espectro. A área de edificações é apenas uma das áreas de atuação de engenheiros civis e arquitetos! Os engenheiros civis podem atuar, ainda, na pesquisa, planejamento, execução e gerenciamento nas áreas de: Transportes, Saneamento, Obras-de-arte (pontes e viadutos), Meio Ambiente, além de serem muito bem-sucedidos nas áreas: financeira e administrativa. Já os arquitetos e urbanistas têm a pesquisa, planejamento, execução e gerenciamento nas áreas de: Urbanismo, Design, Cenografia, Meio Ambiente, etc. Além disso, todos podem atuar no ramo de consultoria comercial e técnica. É só estar disposto a por o “pé na estrada”!

Mas, para os que preferem ficar nos centros urbanos, a construção civil também tem novidades: A preocupação ambiental e a tecnologia de ponta fazem cada vez mais parte do dia-a-dia de engenheiros e arquitetos!

A construção convencional tende a ser mais limpa e organizada, pelo uso de técnicas modernas; a tendência à industrialização de componentes (pré-fabricação) também é forte; a preocupação com a racionalização de processos e materiais, e com a gestão de resíduos é uma necessidade econômica e ambiental premente; a eficiência energética, o contingenciamento, a segurança patrimonial e o conforto ambiental (temperatura, cor, etc.) completam um cenário que foca o mesmo objetivo: Tecnologia!

Assim: meios computacionais (programas de projeto arquitetônico, estrutural e de instalações prediais), cabeamento estruturado (telefonia, transmissão de dados, TV, etc.), energias alternativas, novos materiais, automação predial (domótica), atualização tecnológica e estética de edificações (“retrofit”), reuso de água e muitos outros itens passaram a integrar o cotidiano dos profissionais e empresas de construção de: obras residenciais e comerciais, hospitais, bancos, hotéis, escolas, indústrias, etc.

Isso vale para os novos empreendimentos, mas, também, para as construções antigas, que o tempo tornou estética e tecnologicamente defasadas e, portanto, comercialmente desvalorizadas.

Outro dia, uma publicação nacional não-técnica afirmou que Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, estão voltando à moda! Na verdade elas são muito mais do que “moda”, pois, sempre será preciso construir, reformar e restaurar, pois, ao contrário do que muitos pensam, nada é eterno: Toda a obra tem sua vida útil! Para prolongá-la é preciso muito mais que cimento, areia, pedra, aço e um revestimento cerâmico “bonitinho”: É preciso contar com profissionais preparados para analisar e propor soluções globais, que aliem qualidade, desempenho, beleza e segurança, com a disponibilidade financeira do empreendedor!

Os cursos de graduação, normalmente, com cinco anos de duração, e os seqüenciais, de dois anos, são a porta de entrada para esse grande, promissor, contínuo e rentável mercado; mas, a formação continuada é indispensável, para assegurar profissionais qualificados e atualizados. Somando-se a esse processo a conscientização dos empresários da construção, para que contem com profissionais graduados e invistam em novas tecnologias e no aprimoramento profissional de seus operários; dentre em pouco a poeira, o entulho, o empirismo e o gosto duvidoso, com certeza, serão coisa, definitivamente, do passado!

Fones: (13) 32614929 / 97723538

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