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Revista do Engenheiro: ERP Tecnico EngWhere. Cadeia de Suprimentos, Financeiro e RH
Revista EngWhere
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Revista EngWhere
A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos. - Barão de Montesquieu
Ano 13 • nº 97 • 03/11/2015
EDIÇÃO DE LANÇAMENTO DO ERP TÉCNICO ENGWHERE
ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS E CANTEIROS DE OBRAS
Nesta Edição Cadeia de Suprimento na Construção Civil Sopa de Letrinhas Meio Ambiente A arte da guerra e da paz na negociação de conflitos ambientais
Inventos A Consistência da Pedra e a Maleabilidade do Aço Marketing Propaganda Boca-a-Boca Funciona Mesmo? Democracia Sociedade Civil x Democracia Representativa

O ERP Técnico EngWhere
Gestão da Construtora

Erp Técnico EngWhere: Suprimentos, Financeiro, RH. Controle da Produção, Planejamento e Manutenção
  • Cadeia de Suprimento, Financeiro e RH;
  • Controle dos Materiais, Bens e Mão de Obra;
  • Planejamento e Controle da Produção;
  • Sistema de Manutenção.

As Preciosidades do ERP

  • Todos os formulários agrupam os dados de diversas obras e da Matriz, permitindo a apresentação dos resultados não apenas da obra mas de toda a Empresa;
  • Todos são integrados, permitindo a troca de dados entre si e reduzindo ou evitando a digitação;
  • Os formulários fazem intercâmbio de dados com o Excel (permitindo a utilização (e digitação) dos dados dos clientes e fornecedores);
  • Inúmeras teclas de lembretes com os principais dados armazenados para evitar digitações repetidas;
  • Formulário de atalhos aos bancos principais que que carregam os bancos definidos pelo usuário ao serem abertos os formulários;
  • O Mouse comanda a maioria das operações de controle da Empresa.

Sequência dos trabalhos

  • As intenções (utópicas) do ERP são (após concluído o cadastro) gerar e controlar todos os formulários digitando (pouquíssimo) somente no Teclado Numárico e (esporadicamente) alguns caractere alfabético de filtro e classificação de dados.

CADEIA DE SUPRIMENTOS

  • Plano de Contas (sugestão inclusa);
  • Requisição de Materiais para compra - RM;
  • Solicitação de Cotação - SC;
  • Quadro Comparativo das cotações - QC;
  • Pedido de Compra - PD;
  • Ferramentaria;
  • Almoxarifado.

FINANCEIRO
  • Cadastro Clientes & Parceiros;
  • Caixinha de Obra - FC;
  • Lançamento de Despesas de Obras- LDO;
  • Contas a Pagr e Receber - CAPR.
  • Recibos (gera, gerencia e exporta);
  • Reconciliação bancária.

RH
  • Cadastramento do Pessoal;
  • Controles de RH;
  • Análise críticas;
  • Entrevistas do RH;
  • Gerenciamento de senhas.

ENGENHARIA

  • Acompanhamento dos Contratos, Aditivos e Medições;
  • Biblioteca da Revista EngWhere;
  • Tabelas Técnicas;
  • Diário de Obras (reformulado);
  • Gerenciamento de Projetos e Documentos - GeDoc;
  • Matriz de Responsabilidade / Programação do Escopo dos Serviços;
  • Matriz de risco;
  • Medições de Obras (simultaneamente por quantitativos e percentuais):
  • Apresentações com Planilhas.

SISTEMA DE MANUTENÇÃO (SISMAN)

  • Controle de Manutenção de Máquinas, Veículos e Equipamentos.
  • Custo da Manutenção integrado ao Suprimento e Financeiro.

PLANEJAMENTO (PREVISO)

  • Controle de produção;
  • Controle dos índices de produtividade;
  • Cronogramas (financeiro / recursos):
  • Dimensionamento dos Recursos;
  • Neopert;
  • Programação de obra:
  • Roteiro / relatório de visita à obra:
  • Gerador de algoritmos e outros fluxogramas.

THESAURUS (TEXTOS E DICAS QUE, POR SI, PAGAM O INVESTIMENTO

  • Implantação do Planejamento de Obra na Empresa;
  • Roteiro do Planejamento de Obra;
  • Roteiro da Proposta Técnica;
  • O Orçamento de Obra;
  • Critérios de Medição (Levantamento dos Quantitativos);
  • Implantação do Sistema de Manutenção na Empresa;
  • Normas e procedimentos para Motoristas, Estilos de Digitação, etc.

Ferramentas

  • Alertas
  • Agendas (diversas), utilitários e ferramentas pertinentes;
  • Cadastros / arquivamento de Textos, Biblioteca, Banco de Imagens, etc.;
  • Modelos de documentos, normas técnicas e internas (diversas sugestões já lançadas);
  • Modelo / Sugestão de Planejamento de Obra;
  • Outras.

Apresentação

  • Acabamento arrojado e impecável das páginas do software e das planilhas e relatórios;
  • Toda a documentação é exportada para PDF, Word e Excel;
  • Relatórios personalisáveis (fonte, cores, logotipos, cabeçalhos e rodapés).

Preços

  • Seguindo a política de preço do EngWhere é o primeiro ERP nacional de baixo preço;
  • Sem taxas de manutenção, sem mensalidades;
  • Suporte gratuito por 1 ano (sem limite de usuários da empresa);
  • Preço de Lançamento Sugerido: R$ 1.768,00 com 2 pen drives de liberação sem bloqueio de rede;
  • Pen drives adicionais (obrigatório 1 por obra em andamento, reaproveitável): R$ 742,60 além dos 2 originais;
  • 5% de desconto para pagamento à vista. Despesas dos Correios inclusas;
  • Desconto especial para usuários de nossos outros produtos. Consulte-nos.

Características Técnicas

  • Senhas de acesso ao software em 2 níveis, que liberam por seção (Suprimentos, Financeiro, RH e Engenharia e Secretáriado);
  • Testado (e aprovado) já no Windows 10;
  • Liberação por pen drive, que libera toda a rede (não liberam via internet).
  • Senhas para instalação provisória (válidas por 14 dias) serão informadas tão logo seja acusado o depósito em conta.

Diferenciais

  • Trabalha em Rede ou exporta arquivos via e-mail (dispensando aluguéis de servidores na internet).
  • A simplicidade de operação e os preços de um software, com a funcionalidade de um ERP.

ERP-TE: A Solução Definitiva!

Público alvo

  • Ferramenta única e indispensável às construtoras de pequeno, médio e grande porte;
  • Útil aos Profissionais de Suprimento, RH, Financeiro, Planejamento, Manutenção e Almoxarifado (que disporão da Versão Profissional, mais em conta, por poderem utilizar parcialmente os recursos de um ERP Empresarial.
  • Útil às empresas de outros setores, além da Engenharia, que trabalham com Suprimentos, RH, Financeiros, Modelos, etc.

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“– Você é casado, Manny?
– Sem chance.
– Mulheres?
– Às vezes. Mas nunca dura.
– Qual é o problema?
– Uma mulher é um emprego de turno integral. É preciso escolher sua profissão.
– Acredito que há um esgotamento emocional.
– E físico também. Elas querem trepar dia e noite.
– Consiga uma que você goste de comer.
– Sim, mas se você bebe ou joga elas pensam que isso deprecia o amor que elas sentem por você.
– Arrume uma que goste de beber, jogar e foder.
– Quem quer uma mulher assim?”

- Charles Bukowski (Em Factótum)

Cadeia de Suprimento na Construção Civil
15
SETEMBRO
2015

Sopa de Letrinhas

Como se sabe o que mais se vê nas construtoras são chatos de galocha.
Não apenas os planejadores detalhistas (atuando no Setor de Inteligência) ou os neuróticos orçamentistas (responsáveis pelos Custos) ou os tocadores de obra machões (para assustar peão, que não tem medo de cara feia).
Se espalham por todos os recantos e dependências e, sem disfarçar, tomam conta do pedaço.

No Setor de Suprimentos a pendenga (e chatice) maior é com a nomenclatura e abreviação dos impressos e das rotinas.

1. Até para solicitar material ao almoxarifado se discute se o documento deve ser rotulado de Solicitação de Material ao Almoxarifado (SMA) ou Requisição ao Almoxarifado (RA) ou à Ferramentaria (RF), sempre acompanhados de sua devida abreviatura (que lhes dá importância técnica).
Não entram em acordo sequer sobre a classificação dos materiais, como o de Consumo (MC), Permanentes (MP) ou Uso Direto (UD), ainda que “material de consumo” seja um termo que engloba absolutamente todos os materiais (é só parar de comprar para ver como serão consumidos).
Idem com o “Material de Acabamento”, o decantado MA, já que todos os materiais são de acabamento. Mesmo o cimento e a areia, que seriam materiais brutos ou estruturais, são também utilizados nos acabamentos. A brita e o cal até em decorações.

2. Para requisitar o material para compra há sempre litígio entre a RM (Requisição de Materiais) e a SM (Solicitação de Materiais), seguidos de suas inúmeras variações: SMC (Solicitação de Material para Compra), RMO (Requisição de Materiais para Obra) e outras.

3. A briga aferventa para comprar o material: Pedido de Compra (PD), Ordem de Compra (OC), autorização de Fornecimento (AF), além do rocambolesco Compromisso de Compra (CC) e da indefectível Intenção de Compra (IC), liberando, todos eles, a emissão da NF, da FAT ou da Documentação Fiscal (DF).

4. Anteriormente à compra é feito um comparativo dos preços e das demais condições e vantagens do fornecimento, geralmente rotulado de Quadro Comparativo (QC), Comparativo de Preços (CP), Análise do Melhor Fornecimento (AMF), Folha de Cotação (FC), etc.
Antes de se gerar o QC é necessário fazer solicitação ao fornecedor, chamada de SC (solicitação de cotação), TM (tomada de preços e outras.

Na ocasião do lançamento do ERP-TE, com pretensões de ser o melhor do ramo e unificar a linguagem, optamos por acreditar na inteligência do usuário, adotando só termos despretensiosos, como, SMA, RM, PD, QC, etc., e em oferecer um produto tão agradável quanto uma sopa de letrinhas, com uma moleza de preço talvez ainda maior.

- A.G.S.

Início
O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem um perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.
- Darcy Ribeiro
Mistérios Noturnos

No silêncio das noites soluçam as almas pelas torneiras das pias.
- Mário Quintana

Engenhosidades
03
NOVEMBRO
2015

A Consistência da Pedra e a Maleabilidade do Aço

Mussum e Bezerra da Silva,
que sempre souberam onde a coruja dorme,
com os Originais do Samba,
não nos deixam mentir.

Tor modéstia não gostamos de ficar repetindo nosso grande invento na área da Engenharia.

Sim, a Engenharia Nacional nos deve mais esta.

Criamos em causa (ou construção) própria, um baldrame em cicló-armado com sucesso comprovado há mais de 25 anos sem trincar.

Não vá o leitor mais detalhista procurar nos dicionários que “cicló” também é crivo nosso e não se encontra (ainda) consolidado nos dicionários decentes.

Para quem está saindo da Escola e nunca ouviu falar em concreto ciclópico – elas não ensinam nem concreto armado, quanto mais ciclópico - é o concreto magro, geralmente aplicado em escavações delimitadas ou oclusas, como as de bases e canaletas – intercalando-se aleatoriamente, ou em camadas, pedras de mão ou amarruadas, não necessariamente homogêneas, de diâmetro até 25cm - que mais que isto já seria matacão (ou mataco para os mais íntimos, pois, voltando aos dicionários indecentes, que enxergam malícia em tudo, afirmam eles que mataco, vejam só, é sinônimo de bunda. Agora sim, pode-se conferir).

Para encurtar conversa, é também chamada, pelos entendidos, de pedra doida.

A aplicação das pedras faz o concreto magro ficar ainda mais barato, embora não igualando ao preço das pedras encaixadas e rejuntadas, como eram (bem) feitos os baldrames de antigamente. Isso para não falar das pedras regadas com um caldo grosso de cimento.

Para dar mais robustez ao serviço, a preço de liquidação, nossa invenção consistiu-se em incluir, ainda que aleatoriamente, pontas curtas (ou as últimas das últimas sobras) de aço CA-25, CA-50 ou ambos, para garantir robustez, estabilidade e emaranhamento ao conjunto.

E isto é tudo: simples como todo grande invento. O importante é que o serviço fique garantido.

Só não venham agora querer comprar barras de ferro inteiras, para cortá-las em pontinhas, que as emendas ficariam mais caras que os sonetos. Obrigatoriamente as pontas não podem ter valor nenhum para o serviço ser considerado um legítimo cicló-armado: o invento foi profundamente inspirado no Congresso Nacional - mais precisamente no termo “consilium fraudes” (ou conluio entre pessoas para lesar alguém, em tradução desabusada) – que aplicamos às descartáveis pontas para (também anticonstitucionalissimamente falando) formarem uma estrutura monolítica e sólida.

Se as partes tiverem qualquer valor ou serventia, não formariam um monólito que se preze, mas corpo desentranhado, ilegalidade proibida, pouca merda: tudo que o Congresso Nacional não tem a ver.

- A.G.S.

Início
Medo da morte?

Acordarei de outra maneira,
Talvez corpo, talvez continuidade,
talvez renovado.
Mas acordarei.
Se até os átomos não dormem, por que hei de ser eu só a dormir?
- Fernando Pessoa

A Revista nas Redes Sociais

Acompanhe-nos

As novidades e os textos mais importantes já veiculados na Revista EngWhere estão sendo lançados nas Redes Sociais.

Início
Charles Bukowski

(…) "Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6h30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?" (…)

Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL
21
SETEMBRO
2015

PROPAGANDA BOCA-A-BOCA FUNCIONA MESMO?

(é possível melhorar os resultados?)

"A propaganda boca-a-boca é a melhor forma de divulgação para os serviços de Engenharia ou Arquitetura". Você já deve ter ouvido essa afirmação inúmeras vezes.
E, acredite: é a mais pura verdade. Não existe nada que se compare (em termos de efeito positivo na cabeça do cliente) do que um elogio público, sincero e espontâneo, partindo de alguém isento (um cliente satisfeito).

A decisão de compra de serviços é uma coisa que envolve muito risco percebido por parte do cliente. A diminuição desse risco (e o consequente aumento da disposição para a compra) se dá com a obtenção de informações que outro cliente pode dar a respeito do serviço avaliado.

Até aí, com certeza, estamos de pleno acordo. O problema começa aqui: a maioria dos profissionais acredita que "um cliente que recebe um serviço de ótima qualidade ficará satisfeito e falará bem dele, gerando novos contatos de potenciais clientes".

Em outras palavras, basta ser competente e produzir serviços de qualidade que a propaganda boca a boca será mera consequência. Simples assim!

Pior ainda: a maioria dos profissionais acredita que a propaganda boca-a-boca funciona em função da sua própria competência e que o cliente que faz a propaganda tem pouco mérito no resultado.

Triste ilusão! Produzir propaganda boca a boca não é tão simples assim. E não depende apenas da competência do profissional prestador do serviço.

Nem todo profissional competente e capaz realiza, SEMPRE, serviços de alta qualidade.
Algumas vezes algumas coisas podem sair errado. Competência absoluta não existe. Erros de avaliação podem ocorrer. E um trabalho que poderia ser excelente pode se perder.

Mas vamos desconsiderar essa possibilidade. Vamos partir do pressuposto de que você sempre fará serviços da mais alta qualidade. Ainda assim...

Nem todo cliente que recebe um serviço de boa qualidade fica satisfeito.
É verdade. Não é só a qualidade do serviço que conta para a satisfação do cliente. É preciso levar em conta o seu estado de espírito, a sua eventual expectativa exagerada, a sua natural propensão a não gostar de nada... enfim, muita coisa pode contribuir para que o cliente não fique satisfeito, ainda que tenha sido muito bem atendido;
Mas... vamos admitir que você é competente, fez um bom trabalho e o seu cliente ficou satisfeito. O que mais pode haver?

Nem todo cliente que tenha sido bem atendido e que tenha ficado satisfeito falará bem de você para outros clientes.
A coisa não é assim, tão automática. Muita gente não tem essa natural propensão a falar bem dos outros. Muita gente considera que receber um serviço de primeira qualidade é um direito natural e, portanto, nem precisa ser comentado. Além do mais, existe uma regra que parece ser universal: um cliente satisfeito talvez fale bem de você. Um cliente insatisfeito certamente falará;
Portanto, se você fez um bom trabalho e o cliente ficou satisfeito, sinta-se um afortunado caso o cliente fale bem de você. E, se ele falar, saiba que...

Nem todo cliente que recebe um serviço de boa qualidade, fica satisfeito e fala bem de você... fala da maneira correta.
Para convencer um potencial cliente é preciso falar as coisas certas, tocar nos pontos mágicos, abordar a coisa de modo exato. Se nós, que somos engenheiros e arquitetos já temos dificuldade para acertar esse alvo, imagine um cliente que não tem a nossa formação e a nossa experiência. É muito comum o cliente ficar satisfeito mas não saber explicar exatamente o porquê. Além disso...

Nem todo cliente que recebe um bom serviço, fica satisfeito, fala bem de você e fala da maneira correta... fala com as pessoas certas.
Não se vende comida para quem não está sentindo fome. É preciso "vender" para quem é potencial comprador. Um cliente satisfeito pode estar fazendo seu "discurso" para uma platéia de potenciais desinteressados; Se os interlocutores do seu cliente satisfeito não forem seus potenciais compradores, de nada adiantará os elogios que ele fizer. E tem mais:

Nem todo cliente que recebe um bom serviço, fica satisfeito, fala bem de você, fala da maneira correta e com as pessoas certas... é um bom formador de opinião.
Nem todo mundo é convincente. Nem todo mundo tem poder de influência ou credibilidade para ser um formador de opinião. Muitos clientes, por mais satisfeitos que tenham ficado e por mais que elogiem seus serviços, nunca produzirão um único novo contato para o seu escritório. Porque não são líderes. Não são convincentes. Não têm seguidores.

Em palavras simples: propaganda boca a boca é, sim, muito importante. Mas a sua ocorrência não é uma coisa tão "automática" como muitos pensam.
A propaganda boca a boca não é apenas consequência natural de um bom trabalho realizado. É preciso conhecer todo o caminho que vai de uma boa prestação de serviços até um novo cliente potencial batendo à sua porta. E agir nesse "caminho" para "fazer a coisa acontecer".
A Política de Propaganda (e também a de Relações Públicas) deve estimular até mesmo provocar a propaganda boca a boca.

Como fazer isto? Não é uma coisa simples. Requer muita sensibilidade, senso de oportunidade e, fundamentalmente, humildade.

Quando um cliente bate à sua porta dizendo que o seu trabalho foi recomendado por Fulano de Tal você precisa entender que não está diante de uma situação corriqueira, natural e que isso é mera consequência natural do fato de você ser competente e capaz.
Você está diante de uma situação excepcional. Uma imensa linha de obstáculos foi vencida desde a conclusão do seu serviço e aquele cliente bater à sua porta.
Há duas coisa importantes a fazer:

Primeiro: atender da melhor maneira possível este novo cliente. Você não pode decepcionar nem comprometer a credibilidade do cliente que falou bem de você. Além do mais, esse novo cliente já chegou com a predisposição para acreditar na sua competência e capacidade. Será mais fácil fazê-lo ficar realmente satisfeito. Aproveite o vento à favor;

Segundo (mas não menos importante): você precisa entrar em contato com o cliente que indicou você. Faça isso por telefone ou pessoalmente (se puder, evite o e-mail). Tenha uma conversa bem franca com ele. Agradeça sinceramente pela ajuda recebida. Mostre a ele como, na sua atividade, a recomendação dos clientes é mais importante do que um anúncio num jornal ou revista. Mostre-se verdadeiramente agradecido.

Além disso, aproveite para encher a bola do cliente. Mostre que você sabe muito bem que não basta falar bem, elogiar e recomendar o serviço de alguém. Que a coisa só funciona quando a pessoa que elogia e recomenda tem credibilidade, liderança e influência. E que, se o cliente novo foi procurar pelo seu serviço isso prova que esse cliente antigo que o recomendou tem isso tudo.
Observe que você não estará bajulando o seu cliente. Nem fazendo elogios exagerados. Estará apenas reconhecendo qualidades que, como já vimos, o seu cliente realmente possui.

Com essa simples atitude (procurar pelo cliente, agradecer e reconhecer o seu valor) você estará estimulando este cliente a continuar falando bem de você. Um cliente que poderia ter falado para duas ou três pessoas agora está recarregado para continuar falando para mais cinco ou seis. Isto é produzir (provocar, estimular) a propaganda boca a boca.

Pense nisso, na próxima vez que alguém procurar pelo seu escritório, dizendo que o seu trabalho foi recomendado pelo cliente "A" ou "B".

(Você pode ler os comentários de outros leitores sobre este artigo e fazer os seus próprios comentários, na página do autor, clicando AQUI)

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
Leia outros artigos no site do Especialista: www.eniopadilha.com.br eniopadilha@uol.com.br
Início
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço,
Vou ficando por aqui.
Que Deus do céu me ajude.

- Luiz Gonzaga
Adilson Luiz Gonçalves . DEMOCRACIA
11
FEVEREIRO
2015

Sociedade Civil x Democracia Representativa

Já advoguei, decepcionado com nossos políticos, a ideia de democracia direta, com o povo definindo, sem intermediários, leis de municípios, estados e país.

No entanto, hoje reconheço que isso potencializaria caos na gestão pública! No mais, a falta de bom senso e de conhecimento técnico faria com que decisões cruciais fossem tomadas intempestivamente.

Poderiam aprovar: supressão de todos os impostos; aumento desmesurado de salários; gratuidade de todos os serviços públicos; criação de assistencialismos populistas; penalização de crimes praticados por menores em função de sua gravidade, e não mais da idade; pena de morte...

Em alguns casos, seria ótimo! Porém, o risco seria enorme.

Nesse caso, para que serviriam os vereadores, deputados e senadores?

Infelizmente, esse modelo só “funciona” em regimes totalitários, onde o voto dos “representantes do povo” está previamente alinhado com as intenções do governo. Era o que acontecia na URSS onde os sovietes eram compostos apenas por filiados ao PC, preferencialmente com passagem prévia pela doutrinação de adolescentes dos “Pioneiros”. Neles, qualquer discordante era “substituído”, sob a complacência de um poder judiciário encabrestado, que só referendava as decisões de “chefes supremos”.

Bem, já temos as audiências públicas, garantidas pela Constituição de 1988. Elas ocorrem normalmente em meio período, de dia, abertas a qualquer cidadão, sendo que o bom senso indica que os participantes sejam efetivamente afetados pela política pública ou empreendimento em discussão.

Mas, quem tem disponibilidade para participar desse tipo de evento? Quem trabalha dificilmente conseguirá dispensa remunerada. Além disso, infelizmente, a maioria dos brasileiros prefere continuar vítima de sua própria omissão, esperando as coisas acontecerem para, só então, protestar contra quem elegeu e reelegeu.

Assim, as audiências públicas podem desandar em embate político-partidário panfletário ou espaço de “entretenimento”, “terapia” ou exibicionismo. Considerando algumas das que participei, sempre há “figurinhas carimbadas”, que exigem a palavra para falar de suas vidas, sem nada acrescentar ao debate. Outras usam celulares ou perturbam os vizinhos, totalmente alheias e prejudicando os trabalhos.

Assim a proposta de participação direta da sociedade civil “organizada”, que também seria representativa ou limitada a movimentos organizados “disponíveis”, muitos mantidos com recursos de origem nem sempre clara, poderia ser mais um entrave burocrático, além de um preocupante passo em direção ao totalitarismo, similar ao de países vizinhos.

Ora, já criaram uma central sindical única, que nunca foi. Existem partidos “democráticos” com denominações preconceituosas e pretensiosas, com líderes imutáveis. No entanto, ainda não inventaram nada melhor do que a democracia!

Uma reforma política é necessária, sem dúvida! Mas não adianta incluir a sociedade civil “organizada” como mais um elemento no sistema onde, teoricamente, ela já é representada. O ideal seria a instituição do controle dos mandatos pela sociedade civil, permitindo a avaliação periódica dos eleitos.

Não me importaria de votar abertamente, para poder, também de forma transparente, avaliar se o eleito está cumprindo o que prometeu.

Seria como criar um “código de defesa do eleitor” que, em vez de dar “carta branca” para levianos e oportunistas, ou permitir a apropriação dos mandatos por lideranças partidárias, acene com o risco de um “cartão vermelho” do representado, muito mais rápido e confiável do que qualquer corregedoria corporativista.

Duas avaliações anuais negativas = perda de mandato!

Em suma, de nada adiantará fazer reformas políticas que criem novas formas de participação da sociedade civil, se quem a representa não tiver compromisso formal e indissolúvel com o eleitor, competência, ética e bom caráter!

O resto é falácia ou projeto de poder absoluto...

Adilson Luiz Gonçalves
Escritor, Engenheiro e Professor Universitário.
(13) 99772-3538
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Link do Dia

8 pontes que desafiam a engenharia http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/04/150405_vert_cul_arquitetura_pontes_ml

Internacional
04
OUTUBRO
2015

Banco Mundial: 702 milhões de pessoas vão viver na pobreza extrema em 2015

"Esta é a melhor notícia no mundo de hoje – estas projeções mostram que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a pobreza extrema", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, que realiza sua reunião anual de 9 a 11 deste mês, em Lima, juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com projeções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, vão viver abaixo da linha da pobreza este ano, principalmente na África Subsaariana e na Ásia. Em 2012, o total era de 902 milhões, ou seja, cerca de 13% da população mundial. Em 1999, o percentual era 29%.

Segundo Yong Kim, tem sido registrado um declínio contínuo na pobreza extrema, resultado de um crescimento econômico dinâmico em países em desenvolvimento e de investimentos na saúde e na educação, bem como em redes de segurança social, que impediram milhões de pessoas de continuar na pobreza extrema. "A previsão de queda nos níveis de pobreza para a casa de um dígito deve nos dar um novo impulso e nos ajudar a nos concentrar ainda mais em estratégias mais eficazes para acabar com a pobreza extrema", afirmou.

O relatório do Banco Mundial surge depois de os líderes mundiais terem se comprometido, no mês passado, a acabar com a pobreza extrema em um prazo de 15 anos, adotando um conjunto ambicioso de metas da Organização das Nações Unidas (ONU) chamadas de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.


Da Agência Brasil
Mais em http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-10/banco-mundial-702-milhoes-de-pessoas-vao-viver-na-pobreza-extrema-em .

Início
Crise?

As coisas, afinal, não estão tão ruins assim. Jesus Cristo, por exemplo, já é dono de uma das maiores fazendas no Mato Grosso só pela generosidade dos mais pobres. Imagine quando os abastados resolverem colaborar.

Vilmar Berna . DO JORNAL DO MEIO AMBIENTE
01
OUTUBRO
2015

A arte da guerra e da paz na negociação de conflitos ambientais

Conflitos de interesse são inerentes a qualquer democracia, como entre os que defendem a energia nuclear e os que são contra; os que querem um novo Código Florestal que favoreça mais ao meio-ambiente, ou mais ao agronegócio; os que defendem o uso de transgênicos, de agrotóxicos, e os que lutam pelos alimentos orgânicos; os que estão dispostos a investir em novos empreendimentos que causarão impactos ambientais, e os que querem a natureza preservada; e assim por diante.

Dependendo da situação, dos interesses em jogo, é preciso negociar um consenso em torno do que é possível e suportável para a convivência entre os diferentes lados em disputa. O poder público deveria atuar como árbitro, mas geralmente está comprometido com um dos lados, descredenciando-se pela falta de isenção.

A principal ferramenta para a negociação de conflitos ainda é o diálogo. O que não significa que seja fácil, em parte pelos interesses em jogo, em parte pela imaturidade, ou despreparo seja de conhecimento seja para o diálogo. Muitas vezes dizemos uma coisa e o outro entende outra. E copo cheio não aceita mais nada. Às vezes, enquanto um fala, o outro, em vez de escutar, está pensando no que vai dizer em seguida, um tipo de diálogo de surdos.

Além disso, por mais que percebamos a verdade, aos nos comunicar interferimos no resultado da observação e a comunicação além de ser apenas uma parte da verdade, será a verdade de um dos lados, que ainda pode sofrer influencia da ênfase num ou noutro aspecto que favoreça alguns argumentos em detrimento de outros.

Existe o jeito fácil ou difícil de conduzir uma negociação. Pode-se iniciar a partir das semelhanças, pelos pontos de interesse em comum, ou pelas diferenças. Nem sempre o entendimento se dá pelo amor. Às vezes é pela dor. Chico Mendes promovia os empates para impedir que os tratores avançassem sobre a floresta até conseguir a criação das reservas extrativistas para os seringueiros que preservavam a floresta. Ganhou a luta, mas perdeu a vida, assassinado pelos que se viram contrariados em seus interesses. Todo conflito carrega em si os seus riscos.

Ninguém nasce sabendo como negociar e nem todos tem estômago para suportar as idas e vindas de um processo de negociação. Por isso, nem sempre uma única pessoa consegue dar conta da tarefa. Uns são melhores em acirrar o confronto, outros, em facilitar o entendimento, mas dependendo das circunstâncias, cada um pode ser útil à sua maneira, pois tem hora que é preciso demonstrar força, criar dificuldades, para abrir caminho para os facilitadores.

Demora-se um pouco até se perceber direito quais são os reais interesses em negociação, quem são de fato os aliados e os adversários, quem está colaborando para ajudar ou para atrapalhar, que estratégias e armas estão sendo usadas, o que é fato e o que é manobra para distrair, qual é o verdadeiro campo de batalha.

Às vezes, o entendimento pode se tornar muito difícil e até impossível se os lucros, o salário, o emprego, os privilégios e cargos, os interesses de negócio ou políticos, ou partidários, eleitorais e ideológicos, dependerem da pessoa não ser convencida.

Em outros casos, quando os interesses são inconfessáveis, ou se está numa posição dominante, alguns podem preferir não se expor e procurar combater das sombras, fazer valer seus interesses na base do tráfico de influência, o poder do dinheiro e da corrupção, da violência, no "nada a declarar". Pode adotar o marketing mentiroso, ou amplificar exageradamente pequenos resultados como se fossem grandes conquistas, entre outras manobras para enfraquecer os argumentos dos adversários, para confundir a opinião pública, para ganhar tempo ou manter os adversários desunidos. Pode usar o direito de resposta para ampliar seu tempo de exposição; ou tentar desqualificar o oponente; ou lançar cortinas de fumaça que ocultem suas verdadeiras intenções e fragilidades; ou colocar um 'bode na sala' para desviar a atenção do que realmente interessa, passando uma idéia de que está respeitando o diálogo e o jogo democrático; ou trocar de negociadores a medida que forem se queimando, como se fossem fusíveis num sistema elétrico em curto, obrigando às vezes aos oponentes a recomeçar do zero onde as promessas e avanços já obtidos esvaem-se como fumaça no ar; ou esconder o lobo de interesses privados sob uma pele de cordeiro de interesses públicos. Ou radicalizar e exagerar na reivindicação, criando gorduras para cortá-las depois durante as negociações, preservando as carnes.

Não é um jogo para leigos ou ingênuos. A sinceridade, a verdade, às vezes, é o que menos importa quando há muito em jogo e o risco de perder for grande. Não é à toa que existem leis que demoram décadas para ser aprovadas, como a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, ou acordos internacionais que andam em passinhos de formiga enquanto os problemas se agigantam a passos largos de elefantes, como as questões envolvendo as mudanças climáticas.

O campo de batalha geralmente é a opinião pública, às vezes interessada e esclarecida, mas quase sempre não, e dividida em diferentes segmentos, mais ou menos interessados, dependendo de como serão afetados.

A mídia nem sempre consegue ser neutra e exerce um papel fundamental nos conflitos, pois a informação pode esclarecer ou confundir, dependendo dos interesses e compromissos com patrocinadores e leitores. Nem sempre a informação que o leitor quer e se dispõe a pagar para ter é a que ele precisa para formar opinião. Por isso, são necessárias políticas públicas que permitam corrigir as distorções do mercado, para fazer chegar a sociedade a informação que ela precisa, ainda que não esteja disposta a pagar por ela.

O diálogo permite o ajuste das percepções e a busca dos pontos convergentes e o esclarecimento sobre os divergentes. E nem sempre o consenso é possível, o que não é motivo para que não exista uma convivência respeitosa entre os adversários. Às vezes a tensão pode durar uma vida inteira, e ainda assim a vida continua.


* Vilmar Sidnei Demamam Berna é escritor e jornalista, fundou a REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental (www.rebia.org.br ) e edita deste janeiro de 1996 a Revista do Meio Ambiente (que substituiu o Jornal do Meio
Ambiente) e o Portal do Meio Ambiente ( www.portaldomeioambiente.org.br ).
Em 1999, recebeu no Japão o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas - www.escritorvilmarberna.com.br


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