Revista EngWhere (Planilha de Custos)Engenharia, Arquitetura e Construção de Obra

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Única a fazer a lavagem cerebral de seus leitores com água limpa!

Ano 08• nº 76• 01/07/10

ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS E CANTEIROS DE OBRAS

Nesta Edição

Meio Ambiente

A importância da Educação Socioambiental

Internet

Garimpagem

Marketing

Parabéns, Fred

Mercado

Recall: Pior sem Ele!

“Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha.” - Provérbio árabe.


• Alô, alô, Carioca! Quem gosta de dureza é minhoca...
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Composições de preços da Prefeitura de São Paulo, com preços fresquinhos dos insumos colhidos no site do órgão e lançados nos bancos de dados do Magma, semestralmente.

• Alô, alô, Capixaba! Quem sempre se esborracha é goiaba...
Composições de preços do IOPES, com preços fresquinhos dos insumos colhidos no site do órgão e lançados nos bancos de dados do Magma, bimestralmente.

• Alô, alô, Mineiro! Quem se embitola é motorneiro...
Composições de preços do Setop, com preços fresquinhos da planilha colhidos no site do órgão e lançados nos bancos de dados do Magma, todo mês.
(2.500 itens em lançamento até 30/07).

• Alô, alô, todos os estados! Suportar peso calado é para estrados...
Composições de preços do SINAPI de todos os estados, com preços fresquinhos dos insumos colhidos no site do órgão e lançados nos bancos de dados do Magma, todo mês.
Idem, idem, com o arquivo padrão atualizado, para orçar suas obras, e outros 40.000 itens de preços, colhidos em lojas virtuais da internet, para consulta.

Juntando a facilidade de operação do Magma com as mordomias que ofere o Cisco & Cisco, os orçamentos chegarão quase que prontinhos até você.
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O EngWhere se incumbe de elaborar todo o trabalho braçal do orçamento! Você deverá cuidar tão somente dos quantitativos. O BDI, é o Magma que faz.

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Exclusivamente para usuários do Magma e assinantes do Cisco & Cisco.

Garimpagem na Internet: Peão de obra e outros

Operário em construção
Vinicius de Moraes

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: — Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: — Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás
(Lucas, cap. IV, versículos 5-8).

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão,
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção,
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia "sim"
Começou a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
– "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.

Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação.
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia.
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

– Loucura! – gritou o patrão.
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário.
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido,
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

1. Ouça a declamação em http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/87332/
2. Ou texto de interesse a respeito em http://www.educacaopublica.rj.gov.br/
biblioteca/filosofia/0025.html

Torresmo À Milanesa
Composição: Adoniran Barbosa e Carlinhos Vergueiro

O enxadão da obra bateu onze hora
Vam s'embora, joão!
Vam s'embora, joão!
O enxadão da obra bateu onze hora
Vam s'embora, joão!
Vam s'embora, joão!
Que é que você troxe na marmita, Dito?
Troxe ovo frito, troxe ovo frito
E você beleza, o que é que você troxe?
Arroz com feijão e um torresmo à milanesa,
Da minha Tereza!
Vamos armoçar
Sentados na calçada
Conversar sobre isso e aquilo
Coisas que nóis não entende nada
Depois, puxá uma páia
Andar um pouco
Pra fazer o quilo
É dureza João!
É dureza João!
É dureza João!
É dureza João!
O mestre falou
Que hoje não tem vale não
Ele se esqueceu
Que lá em casa não sou só eu






Links do Mês
- Capela Cistina
- A droga da internet
- Calcule o Consumo de Energia
- Para quem não foi: África de A a Z





PNDU
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Entre outras atividades, o PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimento humano sustentável e as condições de vida das populações, bem como executa projetos que contribuam para melhorar essas condições de vida, nos 166 países onde possui representação. É conhecido por elaborar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), bem como por ser o organismo internacional que coordena o trabalho das demais agências, fundos e programas das Nações Unidas - conjuntamente conhecidas como Sistema ONU - nos países onde está presente.
Além disso, o PNUD dissemina as metas de desenvolvimento do milênio, conjunto de 8 objectivos, 18 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridos até 2015, definidas pelos países membros da ONU em 2000, e monitora o progresso dos países rumo ao seu alcance. Os 8 MDM são:
1. A redução pela metade da pobreza e da fome
2. A universalização do acesso à educação primária
3. A promoção da igualdade entre os gêneros
4. A redução da mortalidade infantil
5. A melhoria da saúde materna
6. O combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças
7. A promoção da sustentabilidade ambiental
8. O estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento.




Como torcer os fatos
Por Luciano Martins Costa, para o Observatório da Imprensa

Há um grande descompasso entre alguns dos principais jornais brasileiros e a imprensa internacional de maior reputação, na análise das sanções determinadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Irã.

Enquanto jornais como o Estado de S.Paulo e o Globo declaram, em manchete, que a decisão deixa o Brasil isolado, publicações internacionais de grande prestígio observam que o governo brasileiro tinha razão ao afirmar que as sanções não irão produzir os resultados esperados.

Escorre de parte da imprensa brasileira um verdadeiro ranço de inferioridade, a decretar que o Brasil cometeu uma trapalhada no episódio e acabou isolado.






Sugestão de site: www.dominiopublico.gov.br

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15
JULHO
2010
Magma: Melhorias, Novas Formatações e Inutilitários

Além do Cisco & Cisco, um serviço que reduz significativamente a tarefa de orçar e agiliza os orçamentos, o EngWhere está preparando alterações no Magma para torná-lo o único software de orçamento de obra brasileiro viável.
Ainda que já o seja, esperamos, com elas, dar nova cara aos orçamentos de obras.

Dividimos as alterações em 4 grupos, por finalidade:
1. Acréscimos, correções e melhorias de caráter geral e constante.
Os serviços estão a pleno vapor e o Magma, há 20 meses do lançamento, encontram-se em sua Versão 243.
Foram, em média, 1 atualização a cada 2,5 dias que requereram cerca de 140 horas só para rodar executáveis e aproximadamente 4,5 GB em upload para lançá-los no site.
Embora os investimentos requeridos por algumas dessas melhorias, as atualizações são disponibilizadas gratuitamente aos usuários.

2. Alterações que permitam novos formatos de orçamento para atender ao DNIT (Sicro II e Sicro III), ao SCO, permitir lançar planilhas não dependentes de composições e outras, para atender a todos os órgãos públicos nacionais.
Para isto os usuário poderão alterar a formatação dos campos numéricos e de textos e inserir fórmulas do tipo Excel nos índices das composições.

3. Implantar um mais robusto programa de proteção contra a pirataria, e modernizar a linguagem de programação.

4. Inutilitários do Magma
Em vista do hábitos (ou vícios) de orçamentistas habituados com outros softwares, que propagam como vantagens exclusivas, coisas desnecessárias ou alheias aos orçamentos, e ainda são aplaudidos por isto, implantaremos a seção de inutilitários, anexa ao software, de forma que não comprometam os atuais recursos.
A idéia partiu de nossa consultora de marketing, que nos convenceu alegando que futuramente seríamos poupados de muita lengalenga, como as atuais.
Trata-se de recursos e ferramentas de fácil e curto desenvolvimento, a maioria delas dependendo apenas de pequenas adaptações, como:
a) O Acompanhamento do Orçamento.
Mesmo sabendo que orçamento não se acompanha, orçamento se afere, o que se acompanha é o planejamento e que temos o Previso só para isto, os dados do orçamento seriam planilhados, para o usuário preenchê-los mês a mês;
b) A exportação dos cronogramas para arquivos PDF.
Ainda que o software já exporte pata o Word, para o Excel, para o MS Project, para o Bloco de Notas, MS PowerPoint e as exportações já possam ser feitas por estes outros softwares;
c) Escrever os totais por extenso.
Mesmo sabendo que as planilhas já possam ser abertas no Excel e os totais lançados em extenso por lá;
d) Permitir códigos com algumas dezenas de caracteres e mais de um código por serviço ou insumos. Há quem goste...
e) Melhorar o design da documentação virtual que substitue os manuais de operação tradicionais em papel, para o usuário optar se irá ou não imprimir. Resistiremos sempre que os impressos em papel foram prescindíveis, como é o caso destes manuais.

Aguardamos sugestões para outras alterações em qualquer dos tópicos acima.

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Português para Engenheiro

Cartaz Para uma Feira do Livro
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.

Mario Quintana (Caderno H)

Errado

Correto

Sistema de ar-condicionado central Sistema de ar condicionado central
A investigação que corria em paralelo à A investigação que corria em paralelo com a
60% da receita vêm 60% da receita vem
"Custei para entender o que ele dizia "Custou-me entender o que ele dizia
Às 17:30, iniciar-se-á a palestra Às 17h30min, iniciar-se-á a palestra ou
Às 17h30, iniciar-se-á a palestra
  Bimensal: 2 vezes por mês; quinzenal.
  Bimestral: a cada 2 meses; bimestre.

Extrato: http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/index9.jhtm

Brindes ao usuário do Magma
Lançado no FTP o arquivo "Ortografia.mdb", para ser aberto pela Biblioteca, com 80 dicas de redação, como estas, colhidas na internet.
Lançados também, no mesmo diretório, arquivos do Excel colhidos na internet. Acesse o FTP pelo software, clicando no ícone Site do EngWhere, na barra inferior esquerda da página de Abertura.

Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL

20
MARÇO
2006
Parabéns, Fred

Corria o ano de 1879 em Filadélfia, estado da Pensilvânia, EUA. O jovem chefe de seção das oficinas de construção de máquinas Midvale Steel Company, estava tentando resolver um grande problema: a galeria subterrânea por onde se escoavam os detritos da fábrica entupiu. O esgoto ficava a uma profundidade de sete ou oito metros e corria por baixo da fábrica.

Fred (o nosso homem) enviou um grupo de trabalhadores para limpar o esgoto. Os homens puseram-se a trabalhar utilizando varas, emendadas umas as outras, mas não conseguiam sucesso. Por fim desistiram. Disseram ao chefe que o trabalho era impossível de ser resolvido e que era necessário abrir uma vala e pôr o esgoto à descoberto. Isto paralizaria o serviço na fábrica por vários dias.

Fred tomou então uma decisão típica do seu temperamento: decidiu ele mesmo limpar o esgoto. Sozinho.

Tirou a própria roupa, amarrou sapatos nos cotovelos e nos joelhos, para proteger-se e meteu-se nos canos. Por várias vezes teve de levantar o nariz na curva da manilha para não se afogar. Avançou engatinhando pela escuridão, por mais ou menos cem metros de lodo. Por fim encontrou a causa da obstrução, removeu-a e voltou pelo mesmo cano. Saiu coberto de sujeira, mas vitorioso.

Seus colegas de trabalho acharam aquilo uma palhaçada e riram-se à vontade. Mas o presidente da Companhia, percebendo que a empresa havia economizado alguns milhares de dólares, relatou o caso ao Conselho Administrativo e Fred foi promovido.

Fred já estava a caminho de se tornar Taylor. Frederick Winslow Taylor, que nascera em Germantown, suburbio de Filadélfia, em 20 de março de 1856 e viria a se tornar um dos engenheiros mais importantes do mundo na sua época e a "inventar" a Administração Científica.

Antes de Taylor, a administração das fábricas era feita pelos próprios empregados, de maneira totalmente empírica e sem nenhum controle por parte da direção das empresas. A produtividade era baixa principalmente porque os sindicatos adotavam a filosofia de que quanto menos os empregados produzissem mais garantidos estariam seus empregos (por incrível que pareça, isso funcionava).

Taylor havia se preparado, até os 18 anos, para ser advogado (como era o desejo de sua família), mas problemas de saúde o afastaram dos estudos e ele resolveu ser aprendiz de mecânico por 4 anos (isso também era muito comum naquela época).

Depois foi admitido como mecânico na Midvale Steel Company, onde o encontramos já como chefe de seçao (e sendo promovido).

Formou-se Engenheiro pelo Stevens Institute, em 1885, depois de cinco anos estudando pelas noites adentro e aos domingos (naquela época trabalhava-se seis dias por semana).

Por conta de sua genialidade e de atitudes como a descrita no início deste artigo, Taylor teve uma carreira espetacular na Midvale Steel Company: em menos de seis anos passou de mecânico recém-contratado a Diretor de Fábrica (E isto não era nada comum naquela época).

Inconformado com os métodos e modelos de administração existentes Taylor desenvolveu estudos científicos durante 30 anos até publicar, em 1911, seu mais famoso livro, "Princípios de Administração Científica", referência obrigatória de qualquer curso de Administração em qualquer país do mundo. Seu método revolucionário teve, na sua época, grande oposição de muitos segmentos da sociedade, principalmente dos sindicatos que acreditavam que o novo sistema seria contrário aos seus interesses.

A Administração Científica proposta por Taylor venceu esses obstáculos não por ser melhor do que os sistemas anteriores, mas por ser muito, muito, muito melhor do que os sistemas anteriores. Era impossível, mesmo aos mais recalcitrantes deixar de reconhecer que Taylor tinha razão.

Pelo novo modelo proposto, as empresas aumentavam consideravelmente sua produção, os empregados ganhavam salários mais altos e os produtos ficavam mais baratos para os compradores.

Taylor tinha muitas qualidades típicas dos engenheiros. Mas tinha também alguns defeitos típicos da profissão. Era rabugento e há diversas passagens de sua biografia que se referem à maneira rude e grosseira com que ele lidava com os empregados e (sejamos justos) também com os superiores. Pavel Gerencer, autor de uma de suas biografias, afirma que “sua linguagem era vivaz e descritiva. Soltava palavrões. Nada tinha de urbanidade ou cortezia”

Tudo isso, no entanto, já está perdoado, pois o saldo de sua passagem foi altamente positivo. Além do mais, nesta semana ele está de aniversário: (20 de março - 154 anos!)

Fica aqui nossa singela homenagem a este grande homem que dedicou sua vida a desenvolver uma ciência tão importante para o bem estar da humanidade: a Administração.

 

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br
eniopadilha@uol.com.br

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Adilson Luiz Gonçalves . MERCADO

04
ABRIL
2010
Recall: Pior sem Ele!

A recente onda de recalls de empresas montadoras do ramo automobilístico me fez lembrar do filme O Julgamento Final (Class Action, EUA, 1991).
No filme, um advogado, interpretado pelo magnífico Gene Hackman, aceita o caso de um homem que perdeu a família, os braços e as pernas num acidente automobilístico, e deseja acionar o fabricante do carro.
A causa, em princípio, poderia não ter maiores desdobramentos, mas as circunstâncias do acidente convenceram o advogado de que ali havia, literalmente, fumus boni iuris (fumaça do bom direito), pois, sem nenhum motivo aparente ou causa agravante, o carro se incendiara, sem dar chance de fuga aos seus ocupantes. Além disso, casos similares já haviam sido documentados sobre aquele mesmo modelo de veículo.
O maior problema do advogado, no entanto, estava no fato de sua filha atuar no escritório de advocacia que representava a montadora. A competentíssima jovem nutria terrível rancor pelo pai, que considerava culpado pela infelicidade e morte da mãe.
Isso, no entanto, não a impediu de perceber que havia, de fato, algo errado na postura do fabricante. Os depoimentos e laudos só contribuíram para aumentar sua desconfiança, o que a colocava constantemente em choque com questões de ética profissional.
Num determinado momento, após pressionar a empresa, esta esclareceu, a contragosto:
O modelo em questão era um sucesso de vendas, com dezenas de milhares de unidades vendidas ao longo de mais de dez anos, em várias versões. De fato, havia um problema no veículo, que só foi identificado depois de vários anos: um fio do sistema elétrico roçava no tanque de combustível e o atrito, com o tempo, desgastava o isolamento. Nestas condições, poderiam ocorrer faíscas elétricas, o que potencializava explosões e incêndios. O problema fora corrigido nos novos modelos.
Mas, e quanto aos anteriores?
O estarrecedor foi que, em resposta a esse questionamento, um dos executivos da empresa alegou que haviam pensado nisso, mas eram muitas unidades. Na época, eles fizeram um cálculo atuarial, para comparar os custos do recall, inclusive quanto a prejuízos de imagem que ele acarretaria, em relação a eventuais indenizações, em caso de sinistros. A conclusão foi de que, para a empresa, era preferível arcar com os custos das indenizações, caso perdessem as ações.
O filme teve um final feliz, o que nem sempre ocorre na vida real.
Transportando essa ficção para a realidade atual, a necessidade de recalls denota, sem dúvida, problemas de controle de qualidade nas linhas de produção, o que pode arranhar a imagem das empresas. O desconforto do proprietário também existe, pois ficará inseguro e isso talvez influencie sua tomada de decisão numa futura troca de veículo.
Mas, imaginem se não houvesse o recall, como no filme?
É certo que muitos deles ocorrem depois de acidentes que poderiam ser evitados, se o fabricante já tivesse conhecimento de anomalias. E é praticamente impossível que elas não ocorram em ao menos um lote dos milhares de componentes de um automóvel ou outro produto. Assumir publicamente uma falha e fazer um recall é, portanto, uma demonstração de preocupação com o consumidor. É óbvio que há prejuízos financeiros e de marketing, mas os patrimônios e vidas assim poupados são inestimáveis.
Fica daí, então, uma certeza quase proverbial:
Recall: ruim com ele, muito, muito pior sem ele!

 

Adilson Luiz Gonçalves
Engenheiro, Professor Universitário e Articulista.
Fones: (13) 32614929 / 97723538
algbr@ig.com.br

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Vilmar Berna . PARA O JORNAL DO MEIO AMBIENTE

04
JULHO
2010
A importância da Educação Socioambiental

O mundo, como nossos pais e avós e nós próprios, adultos, conhecemos, mudou. As escolhas das gerações que nos antecederam, da era pós-industrial, aqueceram o planeta e as conseqüências desse aquecimento já começam a ser sentidos por todo o planeta, inclusive no Brasil. Além de tentar mitigar os problemas, precisamos também nos adaptar a esta nova realidade de um planeta mais aquecido, cuja tendência será aquecer ainda mais. E entre as conseqüências já previstas para as próximas décadas, o aumento do nível dos oceanos está entre os maiores danos à infra-estrutura urbana e rural nas cidades litorâneas.
Para fazer uma educação ambiental que seja compreendida por todos, precisamos antes perceber que não é por falta de conhecimento ambiental que as árvores são derrubadas, a fauna sacrificada ou o meio ambiente poluído. Os caçadores e desmatadores, por exemplo, possuem muito mais conhecimentos sobre ecologia, natureza e a vida silvestre que muitos ecologistas, mas usam esses conhecimentos para destruir e matar.
O problema é que não nos achamos como parte da natureza, por mais esdrúxula que essa idéia possa parecer. As pessoas possuem consciência ambiental, mas na maioria dos casos, esta consciência é distorcida, associando a natureza às plantas e animais, como se a espécie humana não fizesse também parte dela. Conceitualmente, nós, seres humanos, nos achamos os ‘donos’ do universo e nos colocamos em seu centro, como se tudo à nossa volta existisse para nos atender. Então, se aceita como natural a exploração deste mesmo universo, com tudo que o compõe, desde que seja para atender aos propósitos e desejos humanos. A visão de que o Planeta não nos pertence, que nós é que pertencemos ao Planeta não tem cabimento numa sociedade baseada no consumismo e, por isso mesmo, no materialismo, que valoriza o ter em vez do ser! O meio ambiente destruído não resulta de um conflito entre os humanos e a natureza, mas dos humanos com a sua auto-imagem.
E mais. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar ou desperdiçar recursos naturais ou energéticos, cada ser humano também está reproduzindo culturalmente o que aprendeu ao longo da história e cultura de seu povo. A ação destruidora não é um ato isolado de um ou outro indivíduo, mas reflete as relações culturais, sociais e tecnológicas de sua sociedade. Seres humanos explorados, injustiçados e desrespeitados em seus direitos, acham natural explorar outros seres vivos, como animais e plantas, considerados ‘inferiores’.
Falar sobre meio ambiente, principalmente para pessoas de baixa-renda, é falar sobre o esgoto a céu aberto, o lixo não recolhido, a água contaminada, etc. As questões ecológicas devem ser associadas à qualidade de vida, para que as pessoas se percebam como parte deste meio ambiente. Por mais sério que seja ninguém consegue ter a sensação de importância por uma coisa abstrata, fora de sua realidade. Antes de se importar com a sobrevivência das outras espécies, a pessoa precisa estar consciente de sua própria importância, sua capacidade de interferir no meio ambiente e de agir como cidadão.
Ghandi afirmava que “Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã”. Então, é só querer arranjar um jeito para fazer em vez de continuando a encontrar desculpas para não fazer.

 

Vilmar Sidnei Demamam Berna: Escritor e jornalista ambiental
- Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e Prêmio Verde das Américas
- Editor da Revista do Meio Ambiente, do www.portaldomeioambiente.org.br e do boletim Notícias do Meio Ambiente publicados pela REBIA
-Rede Brasileira de Informação Ambiental - vilmar@rebia.org.br
http://www.jornaldomeioambiente.com.br

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“O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar agora sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho”
- Peter Drucker

































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- General Colin Powell







































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