Revista EngWhereEngenharia, Arquitetura e Construção de Obra

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Software de Gestão: Modelos, Gerenciamentos, Medições de Obras, Programação, Controle de Projetos, Almoxarifado
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"Há pessoas que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido" - Confúcio
Ano 12 • nº 87 • 01/10/2013
ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS E CANTEIROS DE OBRAS
Nesta Edição Cimento amianto Dono da Eternit é condenado... Meio Ambiente O Povo, a Comunicação e as Questões Socioambientais
América Latina En Defensa de Nuestros Hermanos de América del Sur Marketing Nelson Mandela, orai por nós, Arquitetos e Engenheiros Comportamento Voltar para Casa
Novidades nos softwares EngWhere

Todos os softwares passaram a ser liberados por pen drive!

Novo software em lançamento



O EngWhere Orgulhosamente apresenta!


Unindo o EngObras, o GerCon e 2 outros novos softwares.


EngWhere Escritórios & Obras

Suíte de Ferramentas de Organização & Produtividade

O Software de Design mais Arrojado e Moderno da Engenharia Nacional!



Principais Ferramentas
  • O EngWhere Diário de Obras (2 modelos distintos);
  • O EngWhere Caixinha de Obra;
  • O EngWhere GeeDoc (gerenciamento de documentos);
  • GerCon - Gerenciamento de contratos;
  • Medições de obras (geração e acompanhamento);
  • A Biblioteca do site e da Revista EngWhere ampliada;
  • Lançamento de despesas;
  • A Programação de obras (samanal e quinzenal);
  • Modelos de documentos (ferramenta para armazenamento, geração e impressão de correspondências, contratos, normas, rotinas administrativas, etc);
  • Banco de Lançamentos de Documentos Técnicos;
  • Gerador de catálogos (imagem, texto e tabelas);
  • Gerrador de entrevistas / catálogos para o RH / DP;
  • Contas a pagar (do escritório e de pequenas obras);
  • Contas a receber (do escritório e de pequenas obras);
  • Pequenos almoxarifados (para o escritório e pequenas obras);
  • Formulário para lançamento das Análises Críticas / Relatórios de Não-Conformidade;
  • Formulário para lançamento de Entrevistas do RH;
  • Gerenciamento das Senhas do Usuário;
  • Outras (V. Página).

Outros Recursos
  • Exportação para PDF;
  • Agendas multi-usuários;
  • Cadastros diversos;
  • Senhas nos bancos de dados;
  • Backup e ferramentas de administração de bancos de dados;
  • Atalhos e design ampliados e melhorados;
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Proposta

Outra proposta do Escritórios & Obras é substituir o Office no armazenamento de documentos, correspondências, normas técnicas, arquivo morto, modelos, imagens, etc., que são lançados em pouquíssimos arquivos.


A quem se destina

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Especialmente recomendado aos recém-formados que terão um local único e apropriado para armazenamento da documentação técnica gerada em toda sua carreira.

Empresas de fiscalização e administração de obras que poderão controlar tanto seus escritórios quanto as obras de seus clientes.

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A impossibilidade de provar que Deus não existe, é a melhor prova de sua existência.
- Jean de La Bruyère

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O único software brasileiro de planejamento de obras

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América Latina
01
SETEMBRO
2013

En Defensa de Nuestros Hermanos de América del Sur

Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido. - Malcom X

1. O maior escritor latino americano, vivo, segundo Carta Maior, é o "uruguaio" Eduardo Galeano;

2. O "colombiano" Fernando Botero é o maior pintor latino-americano vivo (segundo a Secretaria da Cultura de SP);

3. Os 6 Prêmios Nobel latino americanos são:
O "peruano" Mário Vargas Llosa
O "mexicano" Octavio Paz
O "colombiano" Gabriel García Márquez
O "chileno" Pablo Neruda
O "guatemalteco" Miguel Ángel Astúrias
A "chilena" Gabriela Mistral

4. O Maestro "venezuelano" Gustavo Dudamel desponta na internet, nas redes sociais e nos teatros, como o melhor maestro do planeta.

Nascido num pequeno povoado mineiro do departamento de Oruro, Evo Morales é de etnia uru-aimará, tendo como língua materna oaimará e, como segunda língua, o castelhano, à semelhança de muitos dos habitantes do planalto ocidental boliviano. É filho de Dionisio e de María, que chegaram a ter sete filhos, dos quais apenas três sobreviveram além dos dois anos de idade, em razão das precárias condições de vida da família.
Muito embora soubesse não ter capacidade para tanto, Evo sempre desejou estudar e queria ter sido jornalista porque "eles sempre estão bem informados de tudo e estão no centro dos problemas". Desde muito pequeno escutava o rádio porque em seu povoado não havia televisão e nem chegavam os jornais.
Criança problema, era violento com os colegas de classe durante as partidas de futebol nos intervalos entre as aulas, chegando mesmo a ter sido proibido de participar dos jogos escolares da região.

Leia o Texto completo...

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O Pulo do Gato

Gato é o líder que reúne uma turma para, juntos ou não, prestar serviços em obras. Os funcionários do gato, geralmente, acham o nome inapropriado, preferindo o de cão, no sentido bíblico da palavra.
Há gatos bons e alguns nem tanto. Sua característica invariável é concluir rapidamente suas tarefas.
Os raçudos fazem o serviço rápido e, quando fiscalizados, sem defeitos. Já os gatos vira-latas irão também concluí-lo rápido, mas sem qualidade. O pior vício do gato é contratar funcionários sem experiência, mormente serventes, pagar-lhes salários baixos e colocá-los na função de oficial, cobrando uma taxa fixa de administração.
Assim, ganhará o mesmo ou mais que o trabalhador.
A checagem disto (se o oficial não é um servente disfarçado) é a melhor forma de saber se o gato é sério.
O chefe da obra deverá, obrigatoriamente, analisar a(s) carteira(s) de trabalho da ninhada. Para ser oficial será necessário ou um curso de curta duração ou experiência em carteira como, pelo menos, meio-oficial. Não sendo assim possível, uma análise mais detalhada dos serviços do funcionário se faz obrigatória.
Sem se esquecer que poderá ser o funcionário o que menos culpa terá em cartório.

Cimento amianto
30
JULHO
2013

Dono da Eternit é Condenado a 18 Anos de Prisão

A Corte de Apelação de Turim, na Itália, condenou o empresário suíço Stephan Schmidheiny, dono da empresa Eternit, a 18 anos de prisão por desastre doloso. A empresa usava fibra de amianto, mineral altamente tóxico e cancerígeno, na produção de materiais de construção, o que teria provocado a morte de quase três mil pessoas, entre funcionários e moradores de áreas próximas às plantas da Eternit na Itália.

O tribunal também fixou pagamento de € 20 milhões para a região de Piemonte e € 30,9 milhões para a cidade de Casale Monferrato, local da principal fábrica da empresa, onde houve o maior numero de mortos. Leia mais


Amianto tem circulação liberada no Estado de São Paulo

Depois de amargar muitas derrotas seguidas, na última semana, o lobby da indústria do amianto, obteve uma vitória significativa no Supremo Tribunal Federal (STF): foi autorizada a exportação e a circulação de cargas do minério, destinadas aos estados que ainda permitem sua utilização, pelas rodovias do estado de São Paulo, onde se situa o maior complexo marítimo portuário do país, localizado em Santos. Serão mais de 200 mil toneladas trafegando pelas rodovias paulistas anualmente.

O cancerígeno amianto já é banido em 66 países e, no Brasil, cinco estados proíbem a produção, utilização e a comercialização do produto: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. A liberação do transporte para exportação do minério in natura e para abastecer o comércio de telhas de cimento-amianto ou fibrocimento em estados que ainda permitem seu uso representa, de toda forma, um retrocesso, já que no passado recente o movimento por justiça socioambiental conseguiu avançar nas restrições da utilização e comercialização desse produto, garantindo mais autonomia aos estados para legislar sobre a matéria e, inclusive, proibir o tráfego por seu território.

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A Revista nas Redes Sociais

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A tragédia da vida é que ficamos velho cedo demais. E sábios, tarde demais.
- Benjamin Franklin
Rui Barbosa

1914

Sinto Vergonha de Mim

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'

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E-mails Trocados
20
FEVEREIRO
2012

Leis Complementares às Leis de Murphy

"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu."
. Lei de Nonti Pagam

"Quando estiver apenas com uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto."
. Lei de Assimetria de Laka Gamos

"Quando as suas mãos estiverem sujas de óleo, vai começar a ter comichão, pelo menos, no nariz."
. Lei de mecânica de Tukulito Tepyka

"Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento. A bula vai sempre atrapalhar."
. Princípio de Aspirinovski

"Quando acha que as coisas parece que melhoraram é porque algo lhe passou despercebido."
. Primeiro teorema de Tamus Tramadus

"Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não entendemos todas as instruções."
. Princípio de Atrop Lado

"Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."
. Lei da persistência de Waiterc Pastar

"Vai conseguir chegar ao telefone exactamente a tempo de ouvir quando desligam."
. Principio de Ring A. Bell

"Se só existirem dois programas que valha a pena ver, os dois passarão à mesma hora."
. Lei de Putz Kiparil

"A probabilidade de se sujar quando come, é directamente proporcional à necessidade que tenha de estar limpo."
. Lei de Kika Gadha

"A velocidade do vento é directamente proporcional ao preço do penteado."
. Lei Meteorológica Barbero Pagá

"Quando, depois de anos sem usar, decide deitar alguma coisa fora, vai precisar dela na semana seguinte."
. Lei irreversível de Kitonto Kifostes

"Sempre que chegar pontualmente a um encontro não haverá lá ninguém para comprovar e se, ao contrário, se atrasar, todo o mundo terá chegado antes de si."
. Princípio de Tardelli e Esgrande La de Mora


- 24/09/2013 - Espantado

Bom dia Senhores
Somente hoje tive tempo de ler a newsletter de 12/09
fiquei profundamente chocado com o que li.
Na área de Denuncia, o artigo sobre as festas de formatura, no seu primeiro parágrafo estava escrito:
Aos formandos que promovem festas de formatura da turma, com o fim de reforçar seus bolsos (naturalmente vazios no início da carreira), sem se importar em sangrar o bolso dos demais colegas, indefesos, um alerta.
Roubar, enganar, ludibriar e mentir fere o Artigo 157 do Código Penal e só deve ser feito disfarçada e moderadamente.
Não acredito que esta publicação, feita por um ícone da categoria, possa passar uma mensagem desta ordem.... e a seguir dizer que roubar e enganar um colega de profissão é canalhice!
Tá bem que não tenha censura no que vocês publicam, mas e filtros???
Permitir uma publicação desta ordem é danoso a toda uma nação e estimula a cafajestice de quem teve uma formação moral deficiente ou equivocada.
Quero deixar bem claro a minha indignação (e da grande maioria de pessoas deste país que são corretas) com esta falta de decoro do artigo e da pisada na bola dos editores.
E-Pesames
R.L.Neto


Prezado R.L.Neto
É lamentável, mas iremos retornar-lhe com uma das mais repetidas (e tristes) frases da atualidade: "Você não entendeu a piada!".
E o que é pior: piada finíssima.
Poderíamos argumentar com o "Se os comediantes tiverem que responder por toda piada que fazem, não vão ter tempo pra mais nada na vida. Nem pra fazer comédia” (do gaucho Rafinha Bastos, um dos comediantes de mais mau gosto da TV) ou com o "Perco o amigo, mas não perco a piada" (do Jô Soares, um dos maiores xaropes), mas preferimos realçar a profundidade de nossa anedota.
Como ensinamento é uma jóia didascálica: o humor ensina mais eficazmente e o contraste (arrojado) que fizemos entre a Lei 157 x Código de Ética, força a compenetração do leitor. Nem Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira, chegou a tanto.
Temas contrastantes e tonalidades apostas, que foram a essência da Música Clássica em geral e das de Mozart e Haydn em particular, prendem a concentração dos mais distraídos. Releia o artigo que você está nadando na maionese.
Garantimos-lhe que a grande maioria dos que leram o texto - que não tinham ainda lido um parágrafo sequer do Código de Ética - leu-o pela primeira vez quase que inteiro e atentamente.
Esta foi a intenção primeira da matéria já que o 'calote' prescreveu há 42 anos.
Para você que não sabe (foi traído por seu e-mail) lição eficiente é aquela que não se esconde atrás de falsos moralismos. Não existe formação moral equivocada, como afirma.
Equivocado é não saber que ou o indivíduo é bom (e só sabe fazer bondades) ou é mau (e só faz maldades, e nenhuma outra coisa), diferentemente até do que pratica a Lei.
Os assaltantes conhecem muito mais o que é a Lei 157 (e tremem só de ouvir falar dela) do que os assaltados.
O assaltado jamais se converterá em assaltante, nem mesmo comedida ou disfarçadamente, por conhecer a Lei (ainda que pejorativamente). Se quiséssemos fazer apologia ao crime esconderíamos o castigo que, antes, os afugenta.
Por fim escrevemos para engenheiros que sabem a diferença entre assaltos a bancos dos a galinheiros.
Estes últimos só permitidos em época de estudante, para manter a tradição das galinhadas.
O Código de Ética está aí justamente para nos ensinar estas coisas, mas serve também para nos proteger dos pseudomoralistas: um perigo maior do que freqüentar galinheiros.
Agradecemos-lhe por seus comentários e, sobretudo, por defender uma tese mesmo que diferente da nossa sobre assunto tão delicado. Nos dias de hoje (veja os médicos defendendo seu direito à fortuna, os militares defendendo o direito à mentira, a Globo pedindo desculpas por apoiar durante 50 anos as torturas, sem garantir que deixou o apoio, etc.) só se manifestam quando interessados diretos por suas causas intestinas.
Interferindo em nossa denúncia você se expõe a se passar por um daqueles festeiros de ocasião, o que, certamente, não é.
Deverá apenas estar tentando evitar que descubram estes seus outros “crimes”, pelos galinheiros da vida.
Abraços
AGS

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Apropriação dos índices da mão-de-obra

* A melhor maneira de se levantar os índices de produtividade da mão-de-obra é através das apropriações em campo.

* Nas apropriações em campo dois critérios deverão ser adotados e confrontados:

1. A apropriação direta em diversas frentes do mesmo serviço.

2. A apropriação da totalidade dos serviços em determinado período, conforme a folha de pagamento, que fornece com precisão o total das horas trabalhadas de cada função.

. Revista 19 - 01/05/20103.

Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL
07
JULHO
2010

Nelson Mandela, Orai por Nós,
Arquitetos e Engenheiros

Em 2011 dois fatos importantes vão por à prova a qualidade dos Líderes da Arquitetura e da Engenharia do Brasil. O primeiro é um fato consumado: o Congresso Nacional aprovou e o Presidente da República sancionou, no dia 30/12/2010 o Projeto de Lei 190/10 que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e regulamenta a profissão de Arquitetos e Urbanistas; o segundo fato é futuro: trata-se do processo sucessório dos Creas e do Confea, com a escolha (pelo voto direto de todos os profissionais registrados) dos seus respectivos presidentes.

O primeiro fato irá repercutir sobre o segundo, com certeza. E vai exigir muito mais do que bravatas, frases de efeito, discursos preconceituosos e jogo para arquibancadas. Vai exigir lideranças no sentido pleno da palavra.

Eu gostaria de ter certeza de que existem, na Arquitetura e na Engenharia do Brasil, líderes à altura desse desafio. Saberemos, no futuro.

É aí que entra Mandela. Nelson Mandela.
Ele dispensa apresentações. Então vamos dizer apenas que ele é um líder Sul-Africano, Prêmio Nobel da Paz em 1993 e eleito presidente da África do Sul em 1994. Só isso, por enquanto.

Em 1996, quando ele ainda era presidente, publicou sua autobiografia, na qual contou com a colaboração de Ahmed Kathrada (seu companheiro de prisão) e Richard Stengel (editor e escritor). Naquele livro, por razões óbvias, as palavras tinham de ser medidas e nem tudo podia ser dito sem o risco de comprometer as estratégias de um governo ainda frágil e incipiente.
Agora, em 2010, acaba de lançar "Conversas que Tive Comigo" (com prefácio de Barack Obama).
Neste livro a coisa é diferente. Ele foi concebido com o objetivo de dar aos leitores acesso ao Nelson Mandela por trás da figura pública, a partir do seu arquivo pessoal, composto de escritos e registros de conversas privadas com seus melhores amigos. O resultado são 415 páginas de luzes sobre um personagem do qual muitos conheciam as atitudes e ações mas poucos conheciam as motivações. Fascinante!

O que Mandela tem de tão especial? Ele conseguiu, numa situação de extrema dificuldade, dar forma concreta à belíssima frase do pensador francês Jean-Paul Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim".
O conceito é gigantesco, mas os casos em que ele foi aplicado na prática são muito raros.

Mandela era um advogado, militante e líder de causas sociais e combatente do Apartheid, regime de segregação racial adotado pelos governos da Africa do Sul de 1948 a 1994.
Ele foi preso, em 1962, mantido preso por 27 anos (sendo que mais de metade desse período em condições desumanas, sofrendo todo tipo de humilhações, restrições físicas e psicológicas).
Ele enfrentou esses duros anos com paciência e sabedoria, sem ter abandonado, em momento algum, suas convicções ou cedido a pressões ou acordos que não garantissem a chegada ao futuro desejado: o fim do Apartheid.

Vencida a luta, extinto o Apartheid, Mandela foi eleito Presidente da África do Sul. Estava agora em posição de dar o troco. Vingar-se de tudo e de todos os que haviam roubado 27 anos da sua juventude. O revide estava servido e Mandela tinha os meios, a força e as justificativas para devolver aos seus opressores todo o sofrimento que lhe fora imposto por quase três décadas...

O que ele fez então é justamente o que o torna grande: ele liderou uma inimaginável transição pacífica na África do Sul. Conteve, com sua ascendência moral, os companheiros belicosos que queriam simplesmente inverter os papéis e impingir aos antigos opressores o gosto da submissão.
Numa região (num continente) em que a maioria dos países vive em constante gerra civil, Mandela garantiu à África do Sul uma caminhada firme em direção ao progresso de TODOS e não apenas dos que estão no poder. Baseado em princípios sólidos e noção clara de que o objetivo não pode ser trocado por pequenas vitórias efêmeras, ele venceu as próprias vaidades e fez da sua vida um grande exemplo de dignidade valor.

Este livro deveria ser lido por Engenheiros e Arquitetos que estão agora em posição de liderar seus companheiros nesse duro 2011. Os colegas deveriam aprender com Mandela, por exemplo, que "fazer concessões é a arte da liderança e as concessões são feitas ao seu adversário, não ao seu amigo" (página 375); e que "É bom presumir que os outros sejam pessoas íntegras e honradas, porque você tende a atrair integridade e honra se olhar dessa forma para as pessoas com que trabalha." (página 249)

Mais importante: deveriam ler os Princípios Fundamentais que deveriam motivar todo líder (página 375)

a) Existem bons homens e mulheres em todas as comunidades. O dever de um verdadeiro líder é identificar estes bons homens e mulheres e atribuir-lhes tarefas que sirvam à comunidade;

b) Um verdadeiro líder deve trabalhar arduamente para diminuir as tensões, especialmente quando está liderando com questões delicadas e complicadas. Extremistas normalmente vicejam quando há tensão, e a emoção pura tende a sobrepujar o pensamento racional;

c) Um verdadeiro líder usa todas as questões, por mais sérias e delicadas que sejam, para assegurar que, ao fim do debate, emerjamos mais fortes e mais unidos do que antes;

d) Em toda disputa, finalmente se chega a um ponto em que nenhuma das partes está totalmente certa ou totalmente errada. Em que fazer concessões é a única alternativa para aqueles que desejam seriamente a paz e a estabilidade.

Que tal?

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
Leia outros artigos no site do Especialista: www.eniopadilha.com.br eniopadilha@uol.com.br
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"A alegria evita mil males e prolonga a vida."
- William Shakespeare
Adilson Luiz Gonçalves . COMPORTAMENTO
17
JANEIRO
2013

Voltar Para Casa

Quando me perguntam qual é a parte do dia que eu mais gosto, não tenho dúvida alguma da resposta: Voltar para casa!

Minha jornada tem três períodos e preciso trocar os "chips" entre eles. No entanto, a memória "ROM" guarda o caminho de casa, como um renovado instinto primordial, sem necessidade de cópia de segurança, posto que impresso indelevelmente no GPS do espírito.

Minha cabeça pode estar em vários lugares, mas meu coração está lá, na forma de minha mulher e de meu filho, mesmo que ele esteja em sua segunda casa: a "república" da universidade onde estuda.

É assim há mais de vinte anos e não consigo imaginar de outra forma, pois é a rotina mais prazerosa que tenho!

E não é um prazer consumista, materialista ou ostentador, para os outros verem ou invejarem. É espiritual, pois quando estou longe de quem amo é como se uma parte de mim - a melhor, imprescindível! - fosse emprestada com 3V (vai e volta, voando!).

Uma parte imantada, cujo invisível - às vezes bem visível - magnetismo quer de volta ao "todo", atração tanto maior quanto a distância ou o tempo que os separam.

Minha casa é meu norte! E por esse sentimento de forma tão clara e natural, às vezes me pergunto: O quê leva pessoas a não quererem voltar para casa? O quê as faz se sentirem melhor num balcão ou mesa de bar, numa "tribo" ou nas ruas?

O que as faz preferir que essas sejam suas casas, ou, melhor, seus refúgios?

Porquê se embebedam ou drogam antes de voltar? Por qual motivo preferem partir, sem rumo, sujeitas a incertezas e males, até aceitando-os de bom grado, até o limiar da morte em vida ou da própria morte, no limite?

Essas são perguntas que não devem ser dirigidas apenas aos que partem, mas também - em certos casos, principalmente - aos que ficam.

Será por vergonha, violência física ou psicológica, cobranças excessivas, ambientes depressivos ou falsas aparências? Será pela lógica do: "Casa que não tem pão, todos gritam e ninguém tem razão!", ou do: "Quando a fome entra pela porta, o amor sai pela janela.", ou, ainda, do: "Manda quem pode. Obedece quem tem juízo!"?

O amor, de fato, é o único "magnetismo" capaz de garantir voltas queridas! Mas não o amor doentio ou unilateral, que prende sem unir; que absorve e exaure, por egoísmo, ou vence pelo cansaço. Falo de um sentimento que sabe manter laços, mesmo à distância; que sabe deixar partir, com um sorriso, e esperar voltar, com incomensurável desejo.

O quê leva pessoas a não quererem voltar para casa? A se entregarem a todo tipo de alienação? A usarem e deixar abusarem de seus corpos e mentes? A atentar e chocar com estereótipos dolorosos e danosos? A buscar consolo onde ele não está, fora de si, de múltiplas formas; acreditando em liberdades que acabam acorrentando ainda mais?

Os motivos para voltar não estão nas vontades feitas, nem nas promessas devidas, nem no perdão incondicional. Tampouco estão nas aparências do poder econômico ou do discurso bonito, mas sem alma.

Um verdadeiro lar não nos prende, mas faz com que a ele sempre desejemos voltar. Ele não fica, estático, num único lugar. Está sempre com a gente! Como quem amamos, aliás!

Uma casa só é nossa, material ou não, quando algo que amamos vive dentro dela, e quando temos chaves para abrir todas as suas portas e janelas. É quando queremos estar nelas, compartilhando coisas simples e planos com quem queremos ao nosso lado, sabendo que esse sentimento é recíproco. Voltar para casa é o desejo de continuar a construí-la e reconstruí-la num projeto conjunto, de vida!

O quê leva pessoas, então, a não quererem voltar para casa?

As dúvidas, mais do que as respostas, talvez ajudem a entender os motivos; reconhecer os erros de quem foi e de quem ficou; curar feridas e, por fim - ou, melhor, reinício -, ensinar o caminho de volta.

Adilson Luiz Gonçalves
Engenheiro, Professor Universitário e Articulista.
Leia muitos outros artigos no site do Professor
Fones: (13) 32614929 / 97723538
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Há 7 Anos na Revista...
OUTUBRO
2006

Equívoco

Peão não se conscientiza sobre produtividade, aumento de desempenho ou economia da obra, através de discursos, treinamentos, cursos ou reuniões de paparicação.
Peão trabalha mais quando recebe mais.

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Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade do pensamento.
- Antoine de Saint-Exupéry
Vilmar Berna . PARA O JORNAL DO MEIO AMBIENTE
30
NOVEMBRO
2012

O Povo, a Comunicação e as Questões Socioambientais

Numa democracia as questões socioambientais não se resolverão pela decisão de um pequeno grupo de ambientalistas ou de especialistas, por mais esclarecidos e bem intencionados que sejam, pois se tratam de escolhas que vão muito além de assuntos ambientais e envolvem a essência do tipo de sociedade que fomos levados - conscientes e inconscientemente - a escolher. A crise ambiental é apenas a parte visível de uma crise muito maior, a da própria civilização, por isso é tão estratégico aos defensores da natureza exercitar um olhar mais amplo e se capacitarem em comunicação para passarem a falar uma linguagem que o povo entenda, pois em última analise, é o povo quem faz as escolhas numa democracia.

Sendo sempre bom lembrar que, ao contrário do dito popular, a voz do povo não é a voz de deus. O povo mandou crucificar Cristo e elegeu Hitler! E no Brasil, apoiou a Ditadura Militar por um bom tempo!

Grosso modo, temos diante de nós duas grandes vertentes de pensamento que disputam a hegemonia junto à opinião publica: uma que defende utopicamente um mundo ambientalmente sustentável e socialmente mais justo, e também mais pacífico, fraterno, democrático e outra pragmática que defende um mundo de crescimento econômico ilimitado, onde utopicamente promete progresso para todos, promessa que cumpre para uma parcela reduzida da sociedade, enquanto a grande maioria continua esperando sua vez, amargando um meio ambiente cada vez mais deteriorado.

O Estado que deveria ser uma espécie de árbitro isento, na prática é um estado empresário, comprometido com o modelo insustentável de progresso, onde ele próprio se licencia e também se fiscaliza. O Parlamento, que deveria ser o fiscal do Governo, tem uma maioria corrompida pelo financiamento de campanha e pelo reparte do poder entre aliados pelo próprio Governo, que garante assim maioria para agir sem ser incomodado. Resta um Ministério Público por um lado assoberbado de trabalho e por outro sem estrutura para ir a campo fazer as investigações que deveria, acabando por enredar-se em papéis e burocracia sem sair do gabinete e sujeito também às falhas de todos os seres humanos.

Então, muito longe da crise ambiental ter algo com a natureza, ela é uma crise de ética e espiritualidade, além de política e econômica, na verdade, é uma crise civilizatória. Por isso, as soluções para a crise socioambiental, na minha opinião, estão fora do campo socioambiental e dependem de decisões em outras áreas de influência às quais os defensores da natureza nem sempre têm acesso mas precisam ter e que exigirão muito mais que só preservar porções de território natural ou encontrar tecnologias mais limpas. É preciso fazer com que este debate ganhe a sociedade, da maneira que a envolva e a mobilize, o que não será com temas sobre plantas e bichos, mas sobre seres humanos, suas carências e urgências, e que tipo de sociedade quer ser, que futuro quer para si e para os que virão depois!

Numa democracia tais questões precisam ser negociadas, principalmente diante de idéias antagônicas, lembrando que o voto de um ambientalista valerá tanto quanto o voto de um poluidor, o de um cientista valerá tanto quanto o de um analfabeto. A diferença está na capacidade de convencimento, de sedução, logo, de melhor comunicação.

Importante reconhecer que este processo de convencimento já está acontecendo, pois a sociedade tem demonstrado com cada vez mais clareza que não aceita mais qualquer tipo de progresso. Entretanto, entre a boa intenção e o gesto, ainda existe um longo caminho a percorrer. Talvez por isso, embora a consciência ambiental seja crescente, este crescimento acontece numa velocidade lenta demais diante de uma crise socioambiental urgente e que se torna mais grave a cada onda de progresso e desenvolvimento.

Diante desse quadro, muitas vezes não resta alternativa aos defensores da natureza a não ser a resistência, lutando praticamente sozinhos, sem o apoio popular e às vezes com o povo contra, o que os deixa vulneráveis diante daqueles que querem impor empreendimentos predatórios e muitos ambientalistas acabaram assassinados por isso, e ainda são bem comuns as ameaças de morte. Entretanto, não fossem esses heróis da cidadania socioambiental e a situação estaria muito mais grave!

Vilmar Sidnei Demamam Berna: Escritor e jornalista ambiental
- Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente e Prêmio Verde das Américas
- Editor da Revista do Meio Ambiente, do www.portaldomeioambiente.org.br e do boletim Notícias do Meio Ambiente publicados pela REBIA
- Rede Brasileira de Informação Ambiental
vilmar@rebia.org.br
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