Discurso do Che sobre as Crianças de Gaza

(voz grave, pausada, cheia de indignação e ternura combativa - IA)
Hasta que la ternura se haga costumbre!

Compañeros...

Há um momento na história dos povos —
— em que a dor se transforma em pólvora.

E o silêncio das crianças explode...
...como granada nas consciências adormecidas.

Hoje, neste exato minuto, enquanto pronunciamos palavras,
há crianças em Gaza que não sabem o nome da paz,
nem o gosto do pão,
nem o som de um céu sem drones.

¡No! ¡No estoy exagerando!

Hay niños que ya nacieron sin madre,
sin padre,
sin cama,
sin nación.

Hay bebés que aprendieron a llorar antes de respirar.
Y aún así,
el mundo guarda silencio — o peor: contabiliza ganancias.

Não falamos apenas da Palestina.

Falamos da África esquecida —
onde o leite não chega,
mas os fuzis sim.

Onde a água é mais cara que petróleo
e a infância é um campo minado de vermes, tiros e promessas da ONU.

¿Qué revolución es posible si el niño muere antes de aprender a decir “revolución”?

O imperialismo não bombardeia só hospitais —
bombardeia futuros.
Não destrói apenas lares —
destrói desenhos inacabados.
Não mata apenas pais —
mata a memória do afeto.

A cada míssil lançado sobre uma escola em Gaza,
uma biblioteca queima no Chile.
A cada criança soterrada na Síria,
um poema morre na Colômbia.

A cada refugiada barrada na Hungria,
uma canção silencia no Congo.

Nuestra lucha es continental...
pero nuestro corazón es planetario.

E se perguntarem por que um médico argentino se importa com uma criança palestina,
eu direi:
porque um revolucionário não tem fronteiras.

E se a justiça está cercada por tanques,
eu estarei do lado do que chora, não do que comanda.,

Não basta denunciar.

Hay que encender las entrañas.
Hay que gritar como madre.
Hay que morir como niño.

O capitalismo mata de terno e gravata.
O fascismo mata com uniforme.
Mas o silêncio mata com as mãos limpas.

Por isso, gritemos todos, com voz de pólvora e lágrima:

¡Hasta que la ternura se haga costumbre!
¡Hasta que la infancia mande!
¡Hasta la victoria de los que aún no pueden hablar!