“Se houver duas ou mais maneiras de fazer algo e uma delas pode resultar em uma catástrofe, alguém se decidirá por esta.”
1ª Lei de Murph (original)
Sabemos que, se o leitor chegou até aqui, está ávido por emoções fortes.
Chegou a hora do prato principal: toda nossa lógica matemática — amarga como jiló, dura como cana para os sem-dente, e fétida como enxofre. Recomendamos a leitura sob a cama ou dentro do armário, com a lanterna acesa e os dentes trincados.
Antes, porém, tentaremos um esforço para nos posicionar favoravelmente ao atual presidente americano — figura que, ao que tudo indica, deixa qualquer desinfeliz amedrontado com sua esquizofrenia touro-sentado (o louco iluminado que se julga acima de Napoleão Bonaparte).
Sejamos justos: o problema não é a esquizofrenia.
Sigamos a conta: os EUA gastam trilhões em golpes e guerras — sem ideologia alguma. São antidemocráticos por necessidade metabólica.
Para isso, deixam milhões de americanos morando na rua, sem plano de saúde, comendo do lixo — tudo para comprar mais tanques, mais ogivas e mais napalm fresco.
Empregam dezenas de milhares nas organizações do Apocalipse: CIA, FBI, FMI, Banco Mundial, e outras siglas do inferno.
O retorno? Estimamos que ganhem em média pelo menos 20 vezes o que investem em cada guerra ou interferência (confirmação pela IA em andamento). É negócio de longo prazo dos milionários que envolve risco de humilhação e represálias, portanto a lucratividade não pode ser baixa.
Ninguém mais acredita que o Iraque foi invadido porque Bush se apaixonou pelos olhos de Saddam Hussein, confundindo-os com os de Cleópatra. A guerra não foi passional. Foi roubo de petróleo.
Alguns saques são menos glamourosos: o sistema SWIFT, as taxas absurdas sobre transações, os impostos indiretos sobre cada compra feita em dólar. Um simples software brasileiro, vendido para a África, chega ao comprador custando o triplo.
Há ainda os “presentinhos” que entregamos de bandeja: privatizações, concessões de petróleo no pré-sal, venda de infraestruturas críticas. Tudo a preço de banana deteriorada.
Correndo tudo maravilhosamente por décadas, eis que surge, como uma alucinação interplanetária, a ideia de multipolaridade — e com ela, os BRICS. O fim da farra. Nada mais de reconstruções lucrativas. Nada mais de “ajuda humanitária” seguida de privatizações. Nada mais de pagar em dólar.
Algumas peças chave da engrenagem, políticos de alto escalão, caros para ser “ideologizados”, estão sendo presos. Seria o fim das privatizações?
Estamos falando de uma descontinuidade de faturamento próxima a:
20 (lucro) x 7 (anos) x US$ 2 trilhões/ano = US$ 280 trilhões em 7 anos
— o equivalente a 10 PIBs dos EUA. Dinheiro suficiente para comprar a mãe de qualquer canalha — com troco pra bala Juquinha. Há risco real, não só de perder o protagonismo mundial, como de quebradeira generalizada do país.
O psicótico da vez acaba de declarar o povo brasileiro ilegal. Proibiu o PIX (por ser gratuito e tirar o lucro dos bancos), as compras em bairros pobres de São Paulo (por serem baratas e, agora, com produtos chineses), e exigiu a libertação de corruptos amigos (em troca das privatizações futuras).
A próxima medida poderá ser cobrar uma “taxa maravilha” dos habitantes da Terra, pelo privilégio de existirem no mesmo planeta que os EUA ou por respirarem oxigênio (o que não seria novidade, depois que se reclamou do peido das vacas por influenciarem no efeito estufa).
Tudo é válido no desespero de causa em situações extremas.
Sem armas para vender, sem países para reconstruir, sem SWIFT, sem PIX, sem a velha moral hipócrita, os EUA cairão no abismo. Mais pobres que o Havaí. Será o Armagedom dos Bilionários.
Não haverá outra alternativa! Os silos vazios de alimentos e sobrecarregados de convidativas ogivas nucleares. O orgulho virando catarata, num último gesto de desespero, aproximarem-se do botão vermelho, colocarem o dedão amarelo com unha marrom de cigarro barato e...
O mundo terá, assim, um final triste e decadente. O branco será abolido da face da terra e a bandeira será amarela, marrom e vermelha, tendo no centro a frase: 'Bem-vindo ao planeta cobiça', para apreciação de eventuais visitantes do futuro.