“A nova colonização não chega de caravela. Vem por videoconferência, boletim financeiro e um sorriso do Banco Mundial.”
A canalhice contemporânea tem endereço e logotipo. Usa terno europeu, cartão corporativo americano e uma retórica de estabilidade fiscal que faria corar qualquer torturador do passado. Estamos falando do alto escalão da canalhice global: o consórcio financeiro internacional que gerencia a fome, a dívida e o desespero em nome do "livre mercado".
É simples e perverso:
Esse é o papel histórico do FMI, do Banco Mundial, e de agências de "classificação de risco" — os síndicos do planeta canalha.
A globalização conectou empresas com sedes em paraísos fiscais. Substituiu a política pela economia, o cidadão pelo consumidor, e a soberania pela tabela do dólar.
Resultado: países inteiros vivem sob chantagem financeira.
No passado os impérios invadiam com tropas. Hoje entram com pacotes de “ajuda” e privatizações forçadas. A canalhice globalizada não suja as mãos: terceiriza a repressão, manipula a mídia, e premia os canalhas locais.
“Se você quiser saquear uma nação, use Excel.”
Resistir exige mais do que protestos: novas alianças, educação crítica e desobediência aos manuais do capital financeiro.
“Todo país que venceu a fome desobedeceu alguma recomendação do FMI.”