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ORÇAMENTOS, PLANEJAMENTOS
E CANTEIROS DE OBRAS
Engenharia, Arquitetura
Casa e Construção
Ano 03 . nº 25 . 01/11/2003
 
 Nesta Edição

História da Engenharia Civil - Origens: A Engenharia Militar
Marketing Empresarial:  Comunicação Não-Verbal
Qualidade Real: Ecoeficiência
Ética e Educação:  Estudo de Caso: Anderson P.
Meio Ambiente:  Onde Estão os Ambientalistas?

 
História da Engenharia Civil .  AS ORIGENS     
   A Engenharia Militar
Engenharia Militar

Antes de meados do século XVIII, os trabalhos de construção em grande escala eram realizados por engenheiros Militares. Naquele século, começou-se a usar o termo engenharia civil ou de transportes para designar os trabalhos de Engenharia efetuados com fins não-militares.

A engenharia mecânica se consolidou como ramo independente no século XIX; posteriormente, o mesmo aconteceu com a engenharia de minas.

   Canção da Engenharia
Letra: Ayrélio de Lira Tavares
Música: Hildo Rangel

   Texto-chave
Quer na paz, quer na guerra, a Engenharia
Fulgura, sobranceira, em nossa história
Arma sempre presente, apóia e guia
As outras Armas todas à vitória.

Nobre e indômita, heróica e secular
Audaz, na guerra, ao enfrentar a morte,
Na paz, luta e trabalha, sem cessar,
Pioneira brava de um Brasil mais forte.

O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.

Face aos rios ou minas, que o inimigo
Mantém, sob seu fogo, abre o engenheiro
A frente para o ataque e, ante o perigo,
Muitas vezes, dos bravos é o primeiro.

Lança pontes e estradas, nunca falha,
E em lutas as suas glórias ressuscita,
Honrando, em todo o campo de batalha,
As tradições de Villagran Cabrita.

O castelo lendário, da Arma azul-turquesa
Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia
É um escudo de luta, é o brasão da grandeza
E da glória sem fim, com que forja a defesa
E é esteio, do Brasil, a Engenharia.

Acredite que não disponho, aqui, de um oficial de Engenharia...
Não pode imaginar meu desespero, quase direi minha raiva, por não ter comigo um bom oficial de Engenharia.

- Napoleão em carta a Carnot, Ministro da Guerra

A arma de Engenharia divide-se em duas vertentes: Engenharia de Construção e Engenharia de Combate. A Engenharia de Construção, em tempo de paz, colabora com o desenvolvimento nacional, de forma a construir ferrovias, pontes, barragens, estradas de rodagem e diversas outras obras. A Engenharia de Combate apóia as armas-base, de forma a facilitar o deslocamento das tropas amigas. Com isso, repara pontes e estradas, e elimina os obstáculos à progressão, dificultando assim o movimento do inimigo.
- Portal da Engenharia Militar http://www.xingu.eng.br

   No Nordeste    Logística
A participação dos Batalhões de Engenharia de Construção nos programas de obras públicas, por ocasião das secas cíclicas que assolam o nordeste, tem propiciado assistência às populações flageladas. Paralelamente a esse trabalho, os batalhões constroem novas estradas e mantêm em melhores condições as existentes.
- Desentrincheirado do Portal da Engenharia Militar
Ciência militar. Conjunto de operações desenvolvidas em apoio às unidades de combate. Compreende a consecução, manutenção, transporte do pessoal militar, provisões e equipamentos. - In Enciclopédia Encarta.
   Você sabia...
Que o maior viaduto ferroviário das Américas, sendo também o 2º mais alto do mundo , foi construído pela Engenharia Militar na Ferrovia Passo Fundo - Roca Salles, no Rio Grande do Sul, com 509m de comprimento e 143 m de altura?

Que os 47 Km de pontes e viadutos rodoviários e ferroviários construídos até hoje pela Engenharia Militar, correspondem a três pontes Rio Niterói?

Que a Engenharia Militar já construiu mais de 11.000 Km de estradas, o que supera a ligação rodoviária entre Lisboa - Paris - Londres - Bruxelas - Amsterdã - Berlim - Praga - Viena - Budapeste - Sofia - Belgrado - Atenas - Zurique - Milão - Roma (10.100 Km)?

Que os 1.200 açudes construídos pelos quatro Batalhões de Engenharia de Construção no Nordeste, se colocados em todas as cidades nordestinas do Maranhão a Alagoas daria a média de um açude por município?

Que o maior túnel ferroviário do Brasil, e também o 2º da América do Sul , foi construído pelo 1º Batalhão Ferroviário , no Tronco Sul, com quase 3 Km de extensão?

Que a Engenharia Militar já construiu até hoje 52 Km de túneis ferroviários , o equivalente à distância do Eurotúnel , que liga a cidade de Calais na França à cidade de Dover na Inglaterra , construído sob o Canal da Mancha?

Que os 3.500 Km de ferrovias construídas pela Engenharia Militar por intermédio, praticamente , de seus dois Batalhões Ferroviários equivale a 15% de toda a malha ferroviária nacional, e correspondem à distância aproximada entre Recife e Porto Alegre?
   A Engenharia Militar de Construção

Extratos da exposição de Arno Mario Muller sobre as atividades desenvolvidas pela
Engenharia de Construção do Exército Brasileiro para a FERROESTE
por ocasião da 3ª Reunião Técnica - Via Permanente
promovida pela RFFSA SR/5 em Cascavel de 27 a 29/07/94.

O Emprego da capacidade técnica militar na Engenharia Civil não é nenhuma excentricidade brasileira, pelo contrário, países do assim chamado "primeiro mundo" a empregam nos dias atuais em projetos, execução e fiscalização de grandes obras de interesse nacional. O Corpo de Engenheiros dos Estados Unidos da América do Norte é um exemplo acabado dessa afirmação, basta lembrar os inúmeros manuais técnicos sobre os mais diversos assuntos da Engenharia por ele editados. Os laboratórios de pesquisa por ele mantidos, particularmente o "Waterways Experiment Station" localizado em Vicksburg - Mississipi que emprega mais de 1500 pessoas.
Em nosso País, durante o período colonial atuaram 2 categorias de profissionais da área de engenharia: os Oficiais Engenheiros e os Mestres Pedreiros. Estes, também chamados mestres de risco eram os que projetavam e construíam as edificações em geral (casas, igrejas, etc.). Todo o conhecimento dos mestres, sem nenhuma base científica era transmitido verbalmente de geração à geração.
Os oficiais engenheiros eram oficiais do Exército português cuja principal função era realizar obras de Engenharia. Embora nem todos tivessem algum curso regular de engenharia, eram as únicas pessoas com um certo conhecimento sistemático da arte de construir.
Observe-se que em toda a Europa a arte de construir baseada em princípios científicos a não puramente empíricos, nasceu dentro dos exércitos. Com a invenção da pólvora e das armas de fogo, e o desenvolvimento da artilharia, tornou-se imperiosa uma completa modificação das obras de fortificação que, particularmente a partir do Século XVII, passaram a exigir profissionais habilitados para o seu planejamento e execução. A necessidade de construir obras que proporcionassem boa defesa contra os projetis dos canhões, a necessidade de construção de estradas, pontes e portos para fins militares forçou o surgimento dos oficiais engenheiros e a criação de corpos especializados de engenharia nos exércitos. Tal se deu na França em 1716 e em Portugal em 1763. É por isso que em todos os países os primeiros profissionais de engenharia com algum conhecimento científico foram oficiais do exército. Em dicionário da língua portuguesa editado em 1789 a palavra "engenheiro" era definida como: "o que se aplica à engenharia, faz engenhos ou máquinas bélicas para o ataque ou defesa de praças, que sabe de fortificações, da arte de tirar planos, medir geométrica ou trigonometricamente, ... o que faz quaisquer máquinas".
Principalmente a partir do Século XVIII o governo de Portugal passou a dar muita importância aos engenheiros no Brasil, muitos dos quais vieram a ocupar posições de destaque. Alguns foram chefes militares de valor, citando-se dentre eles o patrono do Quadro de Engenheiros Militares, Cel. Ricardo Franco de Almeida Serra.
Aos oficiais engenheiros eram atribuídas as seguintes missões no período colonial:
- Obras de defesa, no litoral, contra os ataques de outras nações e de piratas e ao longo das fronteiras, acompanhando e consolidando a expansão territorial promovida pelos bandeirantes.
- Demarcação de fronteiras, levantamento de itinerários.
- Ensino, para formação de engenheiros no Brasil.
- Obras civis diversas: construções civis, estradas, serviços públicos.
O Real Corpo de Engenheiros foi criado em 1792 e o seu Batalhão de Engenheiros foi encarregado de realizar missões técnicas em Portugal e nas colônias. No mesmo ano foi criada a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho, embrião das Escola Politécnica, Escola Nacional de Engenharia, Academia Militar de Agulhas Negras e Instituto Militar de Engenharia.
Com a Independência em 1822 grande número de oficiais portugueses optou pela nacionalidade brasileira, passando a constituir o Imperial Corpo de Engenheiros, nos mesmos moldes do Real Corpo de Engenheiros de Portugal.
Em 1855 foi criado o Batalhão de Engenheiros, com a missão de executar trabalhos técnicos e planejar o seu emprego adaptado às necessidades das operações militares. Este Batalhão foi reorganizado em 1880, recebendo a tarefa de construir rodovias e ferrovias estratégicas, linhas telegráficas e obras de interesse público. A Arma de Engenharia só seria criada efetivamente em 1908 quando da reorganização do Exército.
Desta época em diante cresceu a participação da Engenharia Militar na construção de rodovias e ferrovias, com a criação de várias unidades que foram encarregadas da efetivação de ligações terrestres, principalmente no sul e oeste do País.
Após a 2ª guerra mundial o esforço foi direcionado para o Nordeste. Ali os engenheiros de construção receberam a missão de implantar estradas, construir casas, perfurar poços, construir açudes e outros trabalhos técnicos. Em 1955 foi criado o 1º Grupamento de Engenharia de Construção para coordenar as ações dos quatro batalhões existentes.
A partir de 1962 a Amazônia tornou-se foco das atenções do Governo Federal. A impossibilidade de atingir todas as áreas adequadamente por via fluvial tornou necessária a abertura de estradas através da floresta. Progressivamente cinco batalhões foram implantados na área sob a coordenação do 2º Grupamento de Engenharia de Construção.
O 1º BFv é a unidade de engenharia de construção mais antiga do Exército Nacional, é oriundo da reorganização das "forças arregimentares" do Exército promovida em 1888 na qual o Batalhão de Engenheiros foi dividido em 1º BFv e 1º BF Cmb.
O 2º BFv foi criado em 1934.
Essas duas unidades estão atualmente atuando no Paraná, fora de suas sedes, na construção da FERROESTE.

Os 2 textos acima foram gentilmente enviados (a pedido nosso) pelo Cel Engº Fernando Antonio.

   Atrás da fatídica mesa está sentado Você!
No caminho do trabalho, onde você passa todo dia cedo, alguns pedreiros estão reformando uma loja que, apesar das obras, continua em funcionamento.
A ferragem da nova marquise, inopinadamente você observa, está sendo posicionada bem no fundo da laje.
- Epa! Dirá você despertando. Com certeza cairá na cabeça de alguém tão logo seja descimbrado.
Qual será, então, sua atitude?
a) Você desce do carro e respeitosamente informa ao proprietário que estão correndo o risco de trincar o capacete, ou
b) Macaco velho, e avesso a intromissão na vida alheia, não querendo meter a mão em cumbuca ou se complicar com obra irregular, sem engenheiro responsável, sabiamente continua seu caminho para cumprir com suas obrigações diárias, e resolver seus próprios e suficientes problemas.

 
Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL

EngenhariaMilitar Comunicação Não-Verbal

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
eniopadilha@uol.com.br

Na relação com outras pessoas, muita coisa é dita antes mesmo que você pronuncie uma única palavra.
São os efeitos da comunicação não-verbal.
Daqueles elementos que fazem parte da comunicação quando você não está utilizando palavras (nem escritas nem faladas).
São as coisas que você tem em si mesmo.
O seu peso, a sua altura, a sua forma física. A sua maneira de vestir. A maneiro como você corta e cuida dos seus cabelos. A maquiagem (para mulheres), a barba (para homens), as unhas (para todos). A maneira de andar, a desenvoltura a gesticulação, a fisionomia, o olhar...
Todas essas coisas fazem parte da transmissão de coisas a respeito de você e de sua personalidade.
Todas essas coisas fazem parte da transmissão de informações e respeito de você e de sua personalidade.
E as pessoas que decidem. O seu público alvo. Elas tem essa inteligência especial para observar, para registrar e para processar essas informações todas em uma fração de tempo.
Naqueles 3 a 5 segundos em que você se aproxima de alguém todas essas informações já foram transmitidas para o cérebro da pessoa com quem você vai conversar.
Daí a importância em ficar atento em perceber e corrigir eventuais problemas na nossa comunicação não verbal.
E não adianta aprender meia dúzia de pequenos truques desses que são ensinados em livrinhos de auto-ajuda.
É preciso analisar cada um desses elementos e buscar, com determinação e disciplina, a correção dos problemas, na raiz.
Porque você precisa EFETIVAMENTE se melhorar. (e não apenas aprender a fingir bem).
Quando você se melhora , você tem condições de transferir, para os elementos da sua comunicação não verbal, esses progressos que você obteve dentro de si próprio.
O público. As outras pessoas. Jamais irão acreditar em uma coisa que é falsa na nossa personalidade. Sabe porque? Porque nós mesmos não estamos acreditando. E é preciso que a gente acredite que é bom, que é eficiente, que é competente para poder esperar que outras pessoas também acreditem nisso.

Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br

Coluna do Pimpão   
Engenharia Civil

ESTÁTUAS EQUESTRES
Pouca gente sabe desta! A estátua equestre em praça pública montando-se em cavalo é homenagem permitida somente a militares. Se uma das patas do cavalo estiver levantada trata-se de um herói nacional. Se as 2 patas estiverem levantadas foi morto em batalha.

Não basta fugir, é necessário fugir para o lado mais conveniente - Charles-Ferdinand Ramuz

Atenção urbanistas! Tem Capital de Estado homenageando Duque de Caxias sobre cavalos que não levantam a pata como manda o figurino.

 Emails Recebidos
Agenda, Memos & CI's     

Revista Nº 24
Parabéns pela Revista.
  Carlos Alberto

Olá
Sou aluno de Engenharia Civil em Araraquara - SP , gostaria de parabenizar a revista , pelo exelente trabalho que vem prestando aos profissionais desta area. Sempre que tenho duvidas em materias , consulto a revista , e sempre obtenho boas respostas.
  Thiago.


Próximo Número
01/12/03
. Casa&Construção, C&C, A&C, Edificações e Viadutos: História da Engenharia
. Marketing Empresarial

. Qualidade Real
. Ética e Educação
. Casaeconstrucao

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EngWhere

. Orçamento de Casa e Construção, Pontes e Viadutos

Versão Profissional
035 3535-1734
Coluna do Borduna    
Construção Civil

REINVENTANDO A REGRA DE TRÊS
Se 2 poceiros demoram 2 dias para escavar um poço, 4 poceiros demorarão 4 dias para escavar o mesmo poço.

O RAQUITISMO EXAUSTIVO DOS ENGENHEIROS NEURASTÊNICOS DO LITORAL(*)
Uma boa talagada de pinga no boteco da esquina faz mais por uma obra que um compêndio de Administração: a obra só deslancha se a Chefia não tiver medo do Peão, e manter com ele relações de amizade.

* Parodiando Euclides da Cunha, escritor brasileiro -1868-1909 - que recebeu formação científica em matemática e física na escola militar. Abandonou a carreira militar em 1888, retornando poucos anos depois. Em seguida, deixou-a definitivamente, dedicando-se à engenharia e ao jornalismo.
Em 1909, um mês após prestar concurso e ser aprovado para a cátedra de Lógica do Colégio Pedro II, Euclides da Cunha tentou alvejar o oficial do exército Dilermando de Assis, amante de sua mulher, e acabou morrendo com um tiro no coração. Anos mais, um dos filhos de Euclides tentou vingá-lo e morreu na mira da arma do mesmo Dilermando de Assis.

Luís Renato Vieira . QUALIDADE REAL   
Casa Construção  Ecoeficiência
 
Luís Renato Vieira
Diretor da empresa Qualidadereal Cons. e Assessoria S/C Ltda.
Empresa especializada em implantação de sistemas da qualidade e gestão ambiental.
qualidadereal@ig.com.br

Empresas que se preocupam com o meio ambiente, já conhecem o termo "Ecoeficiência", mudando a visão das industrias para uma visão de desenvolvimento sustentável.
Mas afinal o que é ecoeficiência?
Ecoeficiência é produzir com eficiência, voltado a satisfação do cliente, mas com a preocupação de reduzir a poluição e minimizar os impactos ambientais proporcionados pela atividade da empresa.
A evidência que uma organização demonstra que sua produção é voltada a ecoeficiência é a implantação de Sistema de Gestão Ambiental e/ou um Sistema de Gestão Integrada entre a qualidade e a gestão ambiental.
Empresas certificadas ISO 14001 ou que possuam um sistema de Gestão Ambiental e/ou Sistema de Gestão Integrada, estabelecem e tem o comprometimento com uma Política Ambiental e se comprometem com objetivos, metas e programas ambientais. A racionalização do uso de recursos naturais faz parte desses objetivos, metas e programas ambientais e leva as organizações a adquirir de empresas que não são poluidoras ou estão preocupadas com a minimização da poluição.
Um exemplo clássico desta preocupação é a utilização de fontes alternativas de energia. Utilizar energia solar no lugar de energia elétrica, gás natural no lugar de combustíveis à base de petróleo.
Utilizar alimentos sem agrotóxicos também é um indicativo de ecoeficiência nas empresas que prestam serviços de alimentação industrial. (em casa também podemos ser "ecoeficientes" separando o lixo que não é lixo).
Nós como consumidores podemos exercer uma forte pressão sobre produtores de bens que poluam o meio ambiente e passar a adquirir daqueles que não poluem ou procuram preservar o meio ambiente.
A obrigação de fabricar, comercializar e distribuir produtos seguros e saudáveis deve ser prática comum nas empresas "ecoeficientes", afinal saúde não tem preço. A contaminação causa estragos na saúde do ser humano, dos animais e das empresas. (Recentemente uma empresa situada na região metropolitana de Curitiba, deixou vazar para o rio Belém, afluente do rio Iguaçu, uma certa quantidade de óleo e foi multada em R$ 1 milhão de reais, valor superior ao seu patrimônio).
Falando um pouco de ambiente de trabalho, afinal é nele que passamos boa parte do nosso tempo, um programa da qualidade com base nos 5S (seiri/utilização, seiton/ordenação, seiso/limpeza, seiketsu/saúde e shitsuke/autodisciplina) ajuda a mantê-lo de uma forma "ecoeficiente", afinal higiene e limpeza é fundamental para manter a saúde dos funcionários e da própria empresa. Fornecedores da organização que possuem um programa de 5S é potencialmente um fornecedor ecologicamente correto, estes fornecedores devem ser incentivados à implantar um Sistema de Gestão Ambiental.

"Devemos lembrar que se não houver um equilíbrio entre a emissão de poluentes e o que se produz, a biodiversidade estará de tal forma comprometida que o meio ambiente não terá a capacidade de absorver os poluentes alterando a qualidade de vida".

Leia outros artigos sobre Qualidade no site do Especialista http://www.milenio.com.br/qualidadereal
Fone/Fax.: (41) 336-0921
Paulo Sertek . ÉTICA E EDUCAÇÃO   

Viadutos  Estudo de Caso: Anderson P.

Engº Paulo Sertek
Engenheiro Mecânico, Licenciado em Mecânica e Especialista em Gestão de Tecnologia e Desenvolvimento
Professor de Cursos de Pós-Graduação em Ética nas Organizações e Liderança
Pesquisador em Gestão de Mudanças e Comportamento Ético nas Organizações
Assessor empresarial para desenvolvimento organizacional
psertek@xmail.com.br

Várias matérias do terceiro ano do curso de engenharia mecânica requerem muitos trabalhos fora de aula para o desenvolvimento de projetos industriais. Os alunos entram em contato com cálculos e desenhos de equipamentos, máquinas, instalações, etc. Prof. Roberto A. leciona há anos uma das matérias correspondentes a esta série. Está cada vez mais convencido que precisa logo no início do ano insistir com todos os alunos num elemento básico de engenharia: planejar. Planejar as atividades correspondentes a todos os projetos previstos durante o ano. Seria um grande passo se conseguíssemos um processo educativo disciplinado.
Anderson P. é aluno do terceiro ano. Vem com um ótimo desempenho escolar desde o primeiro ano. Ficou bastante empolgado em participar de um concurso promovido por uma entidade internacional visando o desenvolvimento de um mini-carro. De acordo com as informações da secretaria da entidade organizadora participariam grupos de alunos provenientes das principais universidades do país. Dentre os prêmios para os melhores colocados havia uma oferta de programas de viagens ao exterior, estágios em empresas de outros países, etc.
Anderson conseguiu a adesão de vários colegas de turma para a realização do projeto. Esse concurso motivava pelos benefícios que poderia trazer a todos. Nestas alturas também o brilho do empreendimento atraía bastante. Mesmo que não conseguissem ficar entre os melhores, teria valido a pena a experiência de encarar um desafio.
Num dos intervalos de aula, Anderson aborda o Prof. Roberto A.
Anderson: Venho tendo dificuldades sérias para distribuir e coordenar os trabalhos do grupo. Alguns tem mais iniciativa, outros menos, há muitos assuntos que pesquisar...
Roberto: Quantos alunos estão participando do projeto?
Anderson: Quinze.
Roberto: É muita gente. Principalmente tendo em conta que todos estão aprendendo a desenvolver projetos. Como foram divididas as tarefas?
Anderson: Alguns estão desenvolvendo a carroceria, outros a motorização e outro subgrupo a suspensão e as rodas. Como temos não só que desenvolver os desenhos e estudos, mas também construir um protótipo e testá-lo, precisamos fazer cotação de preços de fornecedores de peças, etc.
Roberto: Como estão conseguindo resolver o problema de recursos financeiros?
Anderson: Abrimos uma conta corrente, em que todos depositamos uma quantia suficiente para os gastos do desenvolvimento do protótipo. Sem contar que é bem possível o patrocínio de vários fabricantes de componentes automotivos, a título de divulgação dos seus produtos.
Roberto: Onde está encontrando mais dificuldades?
Anderson: Estou liderando a equipe. Vejo dificuldade em coordenar os trabalhos; não domino o assunto, preciso estudar e pesquisar antes de dar qualquer passo. Nós não estamos preparados para trabalhar em equipe. Há com freqüência conflitos de idéias, diretrizes, etc. Sem contar que qualquer semana de provas na escola desestrutura o pessoal.

Notava-se em algumas aulas, que os conflitos cresciam no grupo de trabalho; era freqüente que Anderson sofresse alguma indireta, piada maldosa, criticas pelas costas de colegas do grupo de trabalho.
Anderson desde o ano passado estava namorando Júlia; mas ultimamente a situação andava muito mal entre eles. Muitas vezes Anderson chegava atrasado aos encontros sem contar os inúmeros canos por causa de projetos, aulas, provas, etc. Não era de se esperar outra coisa; Júlia tomou a iniciativa e desfez o namoro. Anderson ficou chateado por ter se fechado tentando resolver os seus problemas e não soube dividir com os outros as suas dificuldades.
Na escola conseguiu administrar a situação das várias matérias, apesar de faltar com muita freqüência. Precisava desenvolver ao mesmo tempo um projeto da matéria do Prof. Roberto, mas para isso seria necessário que tivesse um Micro Pentium III e um aplicativo que não havia na escola. Alguns dos seus colegas tinham esta facilidade, mas Anderson não quis se rebaixar para pedir ajuda. Deu um jeito à duras penas e foi desenvolvendo o projeto como dava.
Nesta altura o relacionamento com o Prof. Roberto tornou-se pouco transparente. Anderson não queria de nenhuma forma ficar com uma má imagem diante do professor. As dificuldades que encontrava no seu projeto ele as adiava e deixava para ver mais a frente. Por uma infelicidade; a poucos dias da entrega do projeto Anderson suspeita que teria anotado algum dado errado, por ter pego às pressas. Procurou o Prof. Roberto: as suspeitas converteram-se num fato. Nesta altura, não teria tempo suficiente para refazer todos os cálculos, desenhos, etc...
Depois da correção dos projetos Prof. Roberto verificou que entre os reprovados encontrava-se o Anderson. Fez uma revisão do projeto com mais calma, ele precisava de 7,5 e tirou 3,5. Realmente não havia mais o que fazer pois tinha errado muitas coisas no projeto. Prof. Roberto manteve a nota 3,5.
Anderson ao saber da sua nota, resolveu fazer uma tentativa de ganhar a compaixão do professor: alegou que seu erro tinha sido uma infelicidade no momento da consulta dos dados de projeto, que o critério de correção tinha sido muito rigoroso. A seguir lembrava ao professor que o fato de ficar na matéria dele reteria outras matérias do ano seguinte e lhe prejudicaria num momento em que tinha uma oferta de estágio fenomenal... Prof. Roberto manteve a sua posição e Anderson foi reprovado.

Leia outros textos sobre Ética e Educação no site do Professor
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CETEC -Consultoria

Vilmar Berna . MEIO AMBIENTE   
Pontes  Onde Estão os Ambientalistas?

Jornalista Vilmar Berna
Ambientalista de renome internacional e único brasileiro homenageado pela ONU
com o Prêmio Global 500 Para o Meio Ambiente, no ano de 1999.
Fundador do Jornal do Meio Ambiente.
http://www.jornaldomeioambiente.com.br

Muitos dos ambientalistas que, tradicionalmente, denunciavam os governos e as empresas pela falta de política ambiental, hoje, desempenham cargos nos mesmos governos e até em empresas. Tornaram-se secretários de meio ambiente de prefeituras ou técnicos de departamento ambientais em empresas. Outros ambientalistas profissionalizaram-se e, hoje, verticalizam e focalizam suas ações no desenvolvimento de projetos específicos, lançando sombras sobre as demais questões que não estejam diretamente relacionadas com o objeto de seus projetos.
O movimento ambientalista nunca foi uma organização de massa. Caracteriza-se mais pela ação de pequenos grupos e indivíduos isolados. Com a agravante de ter uma baixa renovação. Assim, quando seus melhores quadros passam a atuar para governos e empresas, ou quando a ação profissional se concentra em poucos alvos, a causa ambientalista parece que fica mais órfã. Os problemas ambientais continuam aí, cada vez mais graves. Estão faltando ambientalistas que os denunciem.
Muita gente tem se empenhado em defender a natureza. Só que ainda é pouco. É preciso que mais e mais pessoas se cons-cientizem da importância dessa tarefa, não só se preocupando em não deixar ninguém poluir ou destruir a natureza, como também se esforçando para modificar os hábitos e comportamentos que levam ao desperdício de recursos naturais ou prejudicam o meio ambiente.
Confúcio disse, há cerca de 5 mil anos, que se alguém quisesse mudar o mundo, teria de começar por si próprio, pois mudando a si próprio, sua casa mudaria. Mudando sua casa, a rua mudaria. Mudando a rua, o bairro mudaria. Mudando o bairro, mudaria o município e assim por diante, até mudar o mundo.

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