4. Avaliação do Pragmatismo
Ideias e Teorias sobre Ações Humanas

Apresentamos aqui um curioso instrumento de autocrítica: uma tabela e um cálculo simples que pesam as virtudes práticas de uma obra contra seus vícios abstratos. É uma brincadeira séria — com números que se expõem e ironias que se protegem. Fazemos a crítica de nosso próprio trabalho e disponibilizamos aos próprios cálculos do leitor. Lance seus índices e clique em Recalcular

Parâmetro Tipo Valor (0–0,25) Peso Contribuição
Utilidade Imediata Positivo 0.25
Aplicabilidade Universal Positivo 0.25
Eficiência de Recursos Positivo 0.225
Transformação Real Positivo 0.225
Sofisticação Estéril Negativo -0.15
Dogmatismo Teórico Negativo -0.15
Retórica Vazia Negativo -0.1
Utopismo Paralizante Negativo -0.1
SOMA Positivos 0.45 0 0.45

Interpretação rápida: o resultado atual 0,45 indica um pragmatismo líquido positivo — a obra avalia-se como mais prática do que abstrata. Valores extremos vão de -1 a +1; 0 equivale a equilíbrio.

Dica: altere pesos se quiser penalizar mais (ou menos) a retórica e o dogmatismo. Este instrumento é deliberadamente simplório: o objetivo é provocar e clarificar.

Observações: não computamos aqui "originalidade" e "inovação" (como anotado na planilha); são virtudes que, admitimos, podem humilhar concorrentes e não cabem nesta autocrítica numérica.

Abaixo, um botão para recalcular (se preferir, a tabela recalcula automaticamente sempre que mudar um número).

Resultado final: 0.45

Notas do autor (para o leitor)

  1. Gráfico crítico sobre o nosso trabalho: como não esperamos resultados favoráveis à obra ou que a julguem nem tão boa quanto gostaríamos, deixamos à Grafologia a crítica imparcial.
  2. Originalidade, técnica e inovação (nossos diferenciais) não computamos para não humilhar.
  3. Pragmatismo (definição): corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático.
  4. Conosco é assim: até a crítica do livro nós fazemos (calculamos e desenhamos) para você!
O pragmatismo da Obra


Janela do Vaticano

(espaço para mensagens relevantes que no geral não são levadas a sério)

É indiscutível que o assunto deste livro é de grande importância. Mas, como ocorre com as coisas sérias neste país — e no mundo —, há sempre o risco de ser tomado como simples passatempo de salão. Afinal, não é raro que aquilo que deveria ser tratado com solenidade acabe virando piada de corredor ou conversa de barbearia. Pois bem: aqui está a nossa janela, aberta para quem quiser espiar, criticar ou até debochar. Não nos ofenderemos: já seria um mérito sermos lidos.

Não fugimos de temas espinhosos, ainda que eles causem azia em políticos, náusea em burocratas e bocejo em acadêmicos. A Inteligência Artificial que nos acompanhou manteve-se neutra, como um padre que benze a todos sem perguntar a quem servem. Isso pode ser virtude ou defeito, dependendo do humor do leitor. Mas uma neutralidade dessas tem sua utilidade: força cada um a pensar por conta própria, e isso, convenhamos, é mais raro que vaga de estacionamento em frente à igreja no domingo.

Se em certos momentos soamos mais estatísticos que literários, mais matemáticos que filósofos, é porque a realidade exige números e não apenas adjetivos. Ainda assim, não garantimos que o leitor verá o mesmo que nós vimos. A leitura é um espelho: cada um encontra a própria cara, com ou sem rugas.

Um roteiro possível para a crítica

  1. Releia com calma: aquilo que lhe pareceu absurdo à primeira vista pode revelar-se apenas exagero calculado — ou vice-versa.
  2. Risque e sublinhe: anote tanto o que lhe agradou quanto o que lhe soou como pura tolice. A franqueza é mais saudável que a reverência.
  3. Compare: procure outros autores, mesmo os que dizem o contrário. A verdade, se existir, costuma andar disfarçada entre contradições.
  4. Não repita slogans: a grande mídia já faz isso por você, e com mais recursos. Liberte-se da tentação de copiar manchetes.
  5. Crie sua opinião: depois de tudo, só restará o que você conseguiu pensar com a própria cabeça. Se der trabalho, tanto melhor: o cérebro foi feito para isso.

Em resumo, esta “Janela do Vaticano” não é só ornamento, mas um convite: olhe, critique, jogue tomates se quiser. Mas, por favor, não a ignore. O pior destino de um livro não é ser atacado, mas ser tratado como irrelevante — e isso, sim, seria um pecado imperdoável.