PÁGINA DE MOZART

 

 

GÊNIOS FALAM DE MOZART

Wagner:
"Um tremendíssimo gênio elevou Mozart acima de todos os mestres, em todos os séculos e em todas as artes."

Albert Einstein:
"Mozart é o maior de todos os compositores. Beethoven "criava"  sua música, porém a de Mozart é de tamanha pureza e beleza que sentimos que ele apenas a "encontrou" - que ela sempre existira como parte da beleza interior do universo, esperando para ser revelada."

Aaron Copland:
"Mozart sangrou a fonte da qual flui toda a música, expressando-se com espontaneidade e refinamento, e uma correção de tirar o fôlego."

André Gide:
"De todos os músicos, Mozart é aquele para mais longe de quem nossa época nos tem levado; ele fala apenas em sussurros, e o público deixou de ouvir qualquer coisa que não sejam berros.

Peter Schickele:
"Mozart - já que o mais alto elogio delirante ainda será excessivamente comedido."

Berlioz:
"A incrível beleza de seus quartetos e quintetos, e algumas de suas sonatas, foram os primeiros a converter-me a este gênio celestial, ao qual desde então tenho adorado.

Gounod:
"Diante de Mozart, toda a minha ambição se transforma em desespero."

Rossini:
"Beethoven eu tomo duas vezes por semana, Haydn quatro, e Mozart todos os dias."

Béla Bártok:
"Todo compositor tem de saber de cor as últimas sete sinfonias de Mozart."

Ferruccio Busoni:
"Junto com o problema, ele nos oferece a solução."

Arnold Schoenberg:
Meus professores foram, basicamente, Bach e Mozart - e secundariamente Beethoven, Brahms e Wagner."

George Bernard Shaw:
"Com Shakespeare e Swift eu aprendi a escrever, mas de Mozart eu tirei minhas idéias."

Artur Schnabel:
"As sonatas de Mozart são únicas; são fáceis demais para as crianças e difíceis demais para os artistas."

Johannes Brahms:
"Todo número de Fígaro é para mim um assombro; simplesmente não compreendo como qualquer um poderia criar algo tão perfeito; coisa igual jamais foi feita, nem mesmo por Beethoven."

"Se não podemos escrever com a beleza de Mozart, tentemos ao menos escrever com a sua pureza."

Abbé Martinant de Preneuf (em 1797):
"Esta música, tão harmoniosa e tão elevada em inspiração, tão pura, a um só tempo suave e plangente... fez-me esquecer, enquanto a escutava, de minhas tristezas passadas e das que o futuro talvez reserve para mim."

Zubin Mehta:
"O quinteto em sol menor para duas violas é de arrancar o coração da gente."

Peter Hall:
A natureza das comédias de Mozart é extremamente séria; é por isso que ele toca nas cordas do coração.

Hans Keller (o companheiro de Mozart):
"O quarteto para piano K.478 em sol menor fornece prova conclusiva, mais do que qualquer outra obra-prima individual, de que o ouvido de Mozart foi o único verdadeiramente absoluto de que temos conhecimento."

Georges Bizet:
Há duas espécies de gênio: o gênio natural e o gênio racional. Embora eu admire imensamente este último, não posso negar que o primeiro tem toda a minha simpatia. Sim, eu tenho a coragem de preferir Rafael a Miguel Ângelo, Mozart a Beethoven, e Rossini a Meyerbeer."

Franz Schubert:
"Que imagem de um mundo melhor tu nos deste, Mozart!

Robert Schumann:
"Não parece que as obras de Mozart vão ficando cada vez mais frescas, à medida que as ouvimos com maior frequência? "

Franz Alexander von Kleist (sobre La Clemenza de Tito):
"Suficientemente bela para tentar os anjos a virem à Terra."

Edvard Grieg:
"A morte de Mozart, antes de haver ele ultrapassado seu 35º ano, é talvez a maior perda que o mundo musical jamais sofreu."

Wolfgang Hildesheimer:
"O enigma de Mozart é precisamente o de que "o homem" recusa-se a ser uma chave para que o desvendem. Morto, como em vida, ele se esconde por trás de sua obra."

Franz Joseph Haydn:
"O mundo não verá outro talento igual por mais 100 anos.

Gustave Flaubert:
"Há três coisas no mundo que eu amo mais do que tudo: o mar, Hamlet e Don Giovanni."

Karl Barth:
Pode ser que quando os anjos fiquem cumprindo suas tarefas de louvar a Deus, eles só toquem Bach. Tenho certeza, no entanto, de que quando  "en famille" eles tocam Mozart.

Wagner:
"Eu acredito em Deus, Mozart e Beethoven."

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                                                                           PASSAGENS

Um pintor, esperando adular Domenico Cimarosa (1749-1801), disse-lhe que ele era o maior dos compositores, superior até mesmo a Mozart...
"O que pensaria o senhor", disse-lhe Cimarosa, "se um músico lhe dissesse que o senhor é superior a Rafael?"

Johann Adolph Hasse ( compositor e contemporâneo de Mozar, após ouvir ASCANIO IN ALBA, em 1771t):
Seremos todos relegados ao esquecimento por causa desse menino."

Leopold Mozart, em carta a seu filho a respeito da composição de Idomeneo:
Recomendo-lhe que pense, quando estiver trabalhando, não só no público que é musical, mas também no que não é.  Você sabe que para cada 10 conhecedores há 100 ignorantões! Nao negligencie o chamado popular.

Constanze Mozart:
Ele escrevia música como se fossem cartas e nunca tocava um movimento antes de tê-lo terminado... Estava sempre dedilhando alguma coisa - o chapéu, a corrente do relógio, a mesa, a cadeira, como se fossem um teclado.

Isaac Asimov:
Contaram-me que um jovem candidato a compositor escreveu a Mozart, pedindo-lhe conselhos a respeito de como compor uma sinfonia. Mozart respondeu que a sinfonia era uma forma musical muito complexa e exigente, que seria melhor que ele começasse com algo mais simples. O jovem protestou: "Mas Herr Mozart, o senhor escreveu sinfonias quando era muito mais moço do que eu sou agora."
E Mozart respondeu: "Mas eu nunca precisei perguntar nada."

"Esta ópera não é para os vienenses. Ela combina mais com o povo de Praga; mas, acima de tudo, ela foi feita para mim e meus amigos.

Leopold Mozart , em carta a seu filho:
Seu semblante... era tão grave que muitas pessoas inteligentes, vendo seu talento desenvolver-se tão cedo e seu rosto sempre tão sério e pensativo, preocupavam-se com a duração de sua vida.

Franco Zefirelli:
Agora, Don Giovanni, aí é diferente. Nos defrontamos com uma extraordinária criação musical. É a ópera mais completa jamais composta. É como olhar para O Juízo Final, de Miguelângelo.

Nove semanas depois da primeira apresentação de A Flauta Mágica, Mozart estava morto.

Weiner Zeitung (7 de dezembro de 1791):
Na noite de quatro para cinco deste mês, morreu aqui o Hofkammerkompositor Wolfgang Mozart. Conhecido desde a infância como possuidor do maior talento musical de toda a Europa, graças ao feliz desenvolvimento de seus excepcionais dotes naturais, e por persistente aplicação, ele galgou o píncaro dos grandes mestres; suas obras, amadas e admiradas por todos, são testemunho disso, e são a medida da perda irreparável que a nobre arte da música sofreu com sua morte.

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                                                                          FALA MOZART

A regra de ouro, a verdade, não é mais reconhecida ou tida em apreço. Para conquistar aplausos é preciso escrever coisas simples que um cocheiro as possa cantar, ou tão incompreensíveis que agradem apenas por não poder serem compreendidas por qualquer indivíduo sensato.
(em carta ao seu pai, 1782)

Erram as pessoas que pensam que minha arte me vem com facilidade. Eu lhe garanto, querido amigo, que ninguém devotou tanto tempo e pensamento à composição quanto eu. Não há um único mestre famoso cuja música eu não tenha estudado, diligentemente, muitas vezes.

Eu gosto que uma ária se ajuste ao cantor tão perfeitamente quanto uma roupa bem feita.
(em carta a seu pai, em 28 de fevereiro de 1778)

Para mim, o órgão é o rei dos instrumentos.

A ópera, para mim, vem antes de tudo o mais.
(em carta a seu pai, em 17 de agosto de 1782)

Simplesmente ouvir alguém falar de ópera, ou entrar em um teatro, ou ouvir alguém cantar é o suficiente para deixar-me quase fora de mim!

Aqui e ali há coisas que só os conhecedores podem apreciar, mas tomei providências para que os que sabem menos também possam sentir prazer, mesmo sem saber por que.
(sobre seus concertos para piano K. 449, 450 e 451)

Botar no papel é coisa rápida, pois tudo já está realmente acabado e raramente difere, no papel, do que estivera em minha imaginação.

Em um famoso encontro em Viena, na primavera de 1787, Beethoven, então com 16 anos, veio tocar diante de Mozart. Ao ouvir as improvisações de Beethoven sobre o tema das Bodas de Fígaro, disse Mozart:  "Fiquem de olho nele: um dia ele fará o mundo falar dele."

Eu não lhe disse que estava compondo esse Réquiem para mim mesmo?
(5 de dezembro de 1791)

Eu gostaria de ter ouvido minha Flauta Mágica mais uma vez.
 (dezembro de 1791)