Abbado, Claudio (1933- ), maestro italiano. Estudou regência orquestral em Viena, dirigiu a orquestra do La Scala, teatro da Ópera de Milão, de 1968 a 1986, e a Orquestra Sinfônica de Londres, entre 1979 e 1988. Gravou inúmeros discos.
Balé do Teatro Bolshoi, uma das mais antigas e famosas companhias de balé russas. Originou-se em aulas que eram dadas em um orfanato de Moscou, em 1773. As atuações da companhia começaram em 1776 e, em 1825, quando Adam Gluszkowsky era o professor de dança, foi transferida para o teatro Bolshoi. Naquela época, a companhia tinha grande importância para o movimento nacionalista do teatro russo. Em 1878, Alexander Gorsky foi nomeado diretor. Ele desenvolveu o estilo Bolshoi, e a reputação que angariou com suas apresentações teatrais dramáticas perdura até hoje.
Bernstein, Leonard (1918-1990), compositor, maestro, poeta e pianista norte-americano. Em 1943, debutou na regência, substituindo Bruno Walter, à frente da New York Philarmonic Society Orchestra. Dirigiu a Filarmônica de Nova York (1958-1969), com a qual realizou várias gravações em disco, como regente e pianista. Recuperou, para o grande público, a música de Gustav Mahler, entre outras. Suas ecléticas e apaixonadas composições apresentam uma grande variedade de formas, das três sinfonias até os musicais Wonderful town (1953) e West side story (1957). Também compôs óperas, balés e canções.
Boult, Adrian (1889-1983), regente de várias orquestras inglesas. Realizou inúmeras turnês e revelou inúmeros compositores ingleses. Entre suas gravações, destacam-se obras de Johannes Brahms, Edward Elgar e Ralph Vaughan Williams.
Brandão, José Vieira (1911- ), compositor, pianista e regente de coral. Nasceu em Cambuquira, Minas Gerais, em 1911. Estudou com Paulo Silva na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, obtendo o primeiro lugar em piano. Em 1934, fundou o Madrigal Vox no Rio de Janeiro. Aperfeiçoou-se em Paris com Marguérite Long. Foi assistente de Villa-Lobos no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico. De 1945 até 1946, fez uma turnê nos Estados Unidos, como pianista e conferencista. Deu várias primeiras audições de Villa-Lobos, no Brasil e nos EUA. Membro da Academia Brasileira de Música, escreve em estilo nacionalista depurado. Entre suas obras, destacam-se Máscaras (ópera), Estudos para piano, Fantasia para piano e orquestra e Divertimento para sopros, além de música de câmara, excelentes canções e peças corais.
Caballé, Montserrat (1933- ), soprano espanhola de fama internacional, conhecida por sua grande técnica vocal e pela ductilidade de sua voz, bem como por suas interpretações de Gaetano Donizetti e Giuseppe Verdi. Graças à qualidade de sua voz, pode interpretar tanto papéis dramáticos quanto românticos.
Callas, Maria (1923-1977), soprano lírica norte-americana de origem grega, a maior prima donna de seu tempo. Foi a primeira soprano moderna a reviver óperas esquecidas do bel canto. Cantou principalmente no La Scala, nas óperas de Roma e de Paris, no Covent Garden e no Metropolitan Opera House de Nova York.
Caruso, Enrico (1873-1921), tenor dramático italiano. Nasceu em Nápoles, onde estreou em 1894. Seu repertório incluía mais de 40 óperas, a maior parte italianas. Cantou nos teatros mais importantes do mundo e foi considerado o maior tenor dramático de seu tempo. Em homenagem póstuma, recebeu um Grammy em 1987.
Domingo, Plácido (1941- ), tenor lírico espanhol de voz flexível e opulenta, o que lhe permitiu interpretar papéis de tenor dramático, como o Otelo de Giuseppe Verdi. Considerado um dos grandes tenores de sua geração, tem cantado nas mais importantes salas de concerto do mundo e realizado gravações de óperas e de música popular. Eventualmente se apresenta como maestro.
Duo Assad, dupla de violonistas brasileiros formada pelos irmãos Sérgio (1952- ) e Odair Simão Assad (1956- ), nascidos em São João da Boa Vista, São Paulo. Considerado um dos melhores duos de violão erudito do mundo, é reconhecido no país e no exterior por sua técnica virtuosa e sua sensibilidade estilística. Além do domínio do repertório do violão clássico, os irmãos Assad são conhecidos por seu estilo musical, que combina o jazz norte-americano com a musicalidade da América do Sul. A carreira internacional de Sérgio e Odair Assad começou nos Estados Unidos, em 1969. Em seguida, com o prêmio Rostrom of Young Interpreters, obtido na Tchecoslováquia, abriram também as portas da Europa, onde, desde então, têm se apresentado em recitais. Também são famosos na Argentina e, no Brasil, venceram em 1973 a competição para jovens solistas da Orquestra Sinfônica Brasileira. Radamés Gnattali, Marlos Nobre, Edino Krieger e Francisco Mignone dedicaram peças ao duo, bem como a russa Nikita Koshkin, o argentino Astor Piazzola e o francês Roland Dyens.
Fortes, Paulo (1922-1997), nome artístico do barítono brasileiro Paulo Gomes de Paiva Barata Ribeiro Fortes, nascido no Rio de Janeiro. Estreou em 1945 como cantor de música erudita com Gabriella Besanzoni, apresentando La traviata, de Giuseppe Verdi, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1962, realizou uma turnê pela América do Sul, sendo eleito pela crítica do Uruguai o melhor cantor da temporada lírica internacional. Em 1968, excursionou pela Europa. Excelente ator, apresentou em primeira audição Izaht e Menina nas nuvens, de Villa-Lobos, Pedro Malasarte e Homem só, de Camargo Guarnieri, e Chalaça, de Francisco Mignone. Cantava em sete idiomas, tendo inclusive interpretado em hebraico e aramaico. Com um repertório operístico de 84 papéis, estreou na América do Sul as óperas Falstaff, de Verdi; Le coq d'or, de Nikolai Rimski-Korsakov, e Peter Grimes, de Benjamin Britten, entre outras. Entre suas gravações, destacam-se O guarani, de Carlos Gomes; Missa pastoril, do padre José Maurício Nunes Garcia; e Árias e Amahl, de Gian Carlo Menotti.
Gigli, Beniamino (1890-1957), tenor italiano, considerado o sucessor de Enrico Caruso por sua voz doce e lírica, bem como pela suavidade, a potência e a fluidez de suas interpretações. Destacou-se em personagens de óperas italianas de compositores como Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini.
Gnattali, Radamés (1906-1988), compositor, pianista e regente brasileiro. Um dos líderes da música nacionalista da sua geração, também atuou com êxito no setor da música popular. Nasceu em Porto Alegre, em 27 de janeiro de 1906, e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro de 1988. Estudou com Guilherme Fontainha em sua cidade natal e aperfeiçoou-se no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, onde obteve medalha de ouro como pianista em 1924. Deu numerosos recitais como pianista e foi violista do Quarteto Henrique Oswald. Era excelente orquestrador e escreveu numerosa obra em estilo neo-romântico, com sabor bem brasileiro. Foi membro da Academia Brasileira de Música e recebeu o prêmio Shell em 1983, como o melhor compositor do ano. Suas obras principais são 14 Brasilianas para conjuntos vários, quatro concertos para violão e orquestra, outros concertos para harpa, harmônica de boca, piano e violino, em um total notável de 26 concertos ao todo. Foi autor de muitas músicas de câmara, peças para piano solo, canções, choros e valsas. Gozou também de muita popularidade no setor da música popular.
Godoy, Maria Lúcia (1930- ), soprano brasileira nascida em Minas Gerais, conhecida não só pela beleza da voz, como também pela força de sua interpretação. Depois de estudar canto em Minas e no Rio, foi para a Alemanha em bolsa de aperfeiçoamento. Deu vários recitais na Europa e nos Estados Unidos; foi solista do Madrigal Renascentista desde sua fundação, em 1956, até 1966. Em 1962, venceu o Concurso Vera Janacópulos e foi primeira colocada no Concurso Lorenzo Fernandez. Entre 1965 e 1975, excursionou pelo Brasil, os Estados Unidos e a América Latina, apresentando, em primeira audição, compositores brasileiros contemporâneos, como Almeida Prado, Edino Krieger, Cláudio Santoro e Marlos Nobre. Em 1977, gravou um disco interpretando a Bachiana nº 5 e várias canções de Villa-Lobos.
Guimarães, Leila (1951- ), soprano brasileira, nascida em Volta Redonda, Rio de Janeiro. Uma das mais representativas artistas da nova geração do canto lírico no Brasil, Leila Guimarães de Araújo Costa estreou, em 1978, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com Otelo. No ano seguinte, cantou em Lo schiavo, no Teatro Municipal de São Paulo. Nesse mesmo ano, apresentou a Tosca, de Puccini, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde cantou o Requiem de Verdi em 1982 e 1985 e, em 1986, O guarani, de Carlos Gomes. Vencedora do Concurso de Canto Pavarotti na Filadélfia, cantou com o célebre tenor nessa cidade norte-americana. Possuidora de voz de soprano lírico volumosa e muito bem projetada, sente-se à vontade tanto em papéis mais leves quanto nos mais dramáticos. Em meados da década de 1980, mudou-se para os Estados Unidos.
Haydée, Márcia (n. em 1939), bailarina brasileira. Estudou com Vaslav Veltchek e fez parte do corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Assumiu em 1976 a direção do Balé de Stuttgart, na Alemanha.
Horowitz, Vladimir (1903-1989), pianista russo naturalizado americano. Foi um dos concertistas mais famosos do século XX. Merecem destaque suas interpretações do compositor húngaro Franz Liszt e dos russos Serguei Rachmaninov e Alexander Skriabin. Tem gravações em disco dos mais diversos compositores (ouça Horowitz interpretando Rapsódia húngara nº 2, de Liszt, em 2020: A História da Música).
O tenor espanhol José Carreras tornou-se um intérprete bastante popular a partir de sua participação em uma turnê de concertos chamada Os três tenores, realizada juntamente com o espanhol Plácido Domingo e o italiano Luciano Pavarotti e que se transformaria em grande sucesso fonográfico.
Karabtchevski, Isaac (1934- ), um dos principais maestros da história da música brasileira, estreou na Orquestra Sinfônica Brasileira em 1954, tocando oboé no Concerto para oboé, de Cimacosa, regido por Feliz Prohaska. Sua carreira como regente teve início em 1956, em Belo Horizonte, com o Madrigal Renascentista. Em 1968, começou a sua longa história à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira, onde permaneceu por mais de 20 anos. Entre 1988 e 1994, regeu a orquestra de Tonkunstler, de Viena, tida como uma das quatro melhores da Áustria, de onde saiu para assumir a direção do Teatro Municipal de São Paulo. Um ano depois, passou a dirigir concomitantemente o teatro La Fenice, de Veneza, segunda casa de ópera mais importante da Itália.
Karajan, Herbert von (1908-1989), regente austríaco de ascendência sérvio-grega. Nasceu em Salzburgo e estudou em sua cidade natal e em Viena. Destacou-se por sua maneira original de reger e como produtor de encenações de óperas. Em 1989, renunciou a seu cargo de regente da Orquestra Filarmônica de Berlim.
Kissin, Eugeni (1971- ), pianista russo. Foi menino prodígio e adquiriu fama internacional com sua interpretação do Concerto para piano nº1, Opus 23, de Piotr Ilich Tchaikovski, sob a regência de Herbert von Karajan. Recebeu numerosos elogios, sobretudo por sua habilidade técnica e sua capacidade interpretativa.
Kraus, Alfredo (1927- ), tenor espanhol, considerado um dos melhores da segunda metade do século XX. Em sua carreira, das mais longas deste século, nunca se afastou dos papéis mais apropriados às características de sua voz. Suas interpretações são requisitadas pelos mais importantes teatros do mundo.
Medaglia, Júlio (1938- ), maestro e compositor brasileiro, nascido em São Paulo. Participou com destaque dos movimentos revolucionários da música brasileira. Formado na Alemanha pela Escola Superior de Música de Friburgo, foi aluno e assistente de Sir John Barbirolli, além de estudar com Boulez e Stockhausen. Notável arranjador e orquestrador, também atuou com sucesso na música popular, sendo autor de mais de 200 trilhas sonoras para teatro, cinema e televisão. Ocupou o cargo de diretor da Orquestra de Câmara de São Paulo (1960), da Filarmônica de Berlim (1970) e dos teatros municipais de São Paulo (1985 e 1987) e do Rio de Janeiro, bem como de regente titular da Sinfônica de Brasília (1993). No fim da década de 1990, tornou-se o regente titular da Filarmônica Amazonas, em Manaus. Apresenta um programa na Rádio Cultura FM de São Paulo.
Mehta, Zubin (1936- ), maestro de origem indiana. Nasceu no meio de uma família de músicos. Foi regente da Filarmônica de Los Angeles, da Sinfônica de Montreal, das Filarmônicas de Nova York e de Israel e também de óperas em vários países
Munch, Charles (1891-1968), regente franco-americano, por muito tempo associado à Orquestra Sinfônica de Boston. Nascido em Estrasburgo, de uma longa linhagem de músicos alsacianos, estudou órgão e violino na juventude. Após completar sua educação musical geral no conservatório de sua cidade, tornou-se aluno de violino de Lucien Capet, em Paris, e, mais tarde, de Karl Flesch, em Berlim. De 1921 a 1925, estabeleceu-se como músico em Estrasburgo e, depois, foi para a famosa Orquestra Gewandhaus de Leipzig, então dirigida por Wilhelm Furtwängler. Em 1932, voltou à França, onde ganhou fama como professor de violino e regente. Fundou a Orquestra Filarmônica de Paris em 1935 e a regeu até 1938, quando se tornou chefe da Orquestra do Conservatório de Paris, posto que manteve durante 11 anos. Fez sua estréia na América do Norte como regente convidado da Orquestra Sinfônica de Boston, em 1946. Três anos depois, ao suceder Serge Koussevitzku, assumiu a liderança da orquestra, até 1962, continuando em seguida a trabalhar com ela como regente convidado. Durante muitos anos, também regeu o Centro de Música Berkshire em Tanglewood, Massachusetts. Em 1967, a pedido do então ministro da Cultura francês André Malraux, fundou a Orquestra de Paris, que regeu até a morte, ocorrida em Richmond, Virgínia. A importância particular de Munch deriva da influência incomum da sua tradição cultural teuto-francesa na vida musical dos Estados Unidos. Foi particularmente notável pela coloratura, a clareza e a proporção das suas interpretações da música francesa. Suas gravações receberam oito Grand Prix du Disque na França e dois prêmios da Academia Nacional de Artes e Ciências Fonográficas dos Estados Unidos. Sua autobiografia, Je suis chef d'orchestre (Eu sou regente), foi publicada em Paris (1954) e Nova York (1955). Foi comandante da Legião de Honra e da Ordem de Artes e Letras francesas.
Nilsson, Birgit (1918- ), soprano sueca. Consagrada em âmbito internacional, em 1954, com óperas de Richard Wagner no Festival de Bayreuth, na Alemanha.
Orquestras de câmara brasileiras, orquestras com reduzido número de instrumentos, que, no Brasil, remontam ao ano de 1776, quando foi criada, em São João del Rei (ver Cidades históricas de Minas Gerais), a Orquestra Lira Sanjoanense, que se mantém em atividade até os dias atuais. Entre as melhores orquestras do gênero do país, encontra-se a Orquestra de Câmara de Blumenau, fundada no início da década de 1980 com o apoio da iniciativa privada da cidade, onde é grande a influência européia. Também é importante a Orquestra de Câmara de São Paulo, que, fundada em 1956 pelo maestro Georgi Olivier Toni, foi a primeira a excursionar pela Europa. No Rio de Janeiro, é digno de nota o trabalho do Quarteto de Cordas da Universidade Federal do Estado, que surgiu em 1952 com o nome de Quarteto Pró-Música e se tornou um dos primeiros divulgadores da obra camerística de Villa-Lobos. A Orquestra Armorial de Pernambuco, inspirada nas idéias do autor teatral Ariano Suassuna, tem como finalidade pesquisar e preservar a música pernambucana.
Orquestras sinfônicas brasileiras, grandes conjuntos de instrumentos e músicos que, no Brasil, tiveram como pioneira a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, criada em maio de 1931 e em constante atividade até os dias de hoje. Em 1940, um grupo de músicos liderados por José Siqueira fundou, no Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Brasileira, que, ao longo de sua história, teve como maestros o húngaro Eugen Szenkar e os brasileiros Eleazar de Carvalho, Alceu Bocchino e Isaac Karabtchevski. Também é importante a Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo, criada em 1953 pelo maestro Souza Lima e dirigida durante um longo período pelo maestro Eleazar de Carvalho, morto em 1997. Já a 0rquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo é uma das poucas no Brasil dedicadas à experimentação musical.
Ozawa, Seiji (1935- ), regente japonês, diretor de música da Orquestra Sinfônica de Boston, o primeiro músico oriental a fazer uma grande carreira como maestro no Ocidente. É intérprete fervoroso de compositores românticos do fim do século XIX e do início do século XX, tais como Tchaikovski, Rimski-Korsakov e Ravel. Nascido em Shenyang, China, Osawa formou-se na Escola de Música Toho, em Tóquio, com um domínio das músicas ocidental e oriental, e logo recebeu seus primeiros prêmios em composição e regência. Em 1959, foi à Europa e venceu a Competição Internacional de Regência em Besançon, França. Charles Munch, um dos jurados, convidou-o para estudar em Tanglewood, onde ele conheceu Leonard Bernstein, então regente da Filarmônica de Nova York, que o contratou como assistente para a temporada de 1961-1962. De 1970 a 1977, Ozawa foi diretor da Sinfônica de São Francisco. Desde 1973, é diretor de música da Sinfônica de Boston.
Pavarotti, Luciano (1935- ), famoso tenor italiano. Suas interpretações de papéis dramáticos e sua voz potente lhe deram um status semelhante ao de seu compatriota Enrico Caruso. A voz de Pavarotti apresenta grande equilíbrio entre os diferentes registros.
Richter, Sviatoslav Teofilovitch (1915-1997), pianista ucraniano, nascido em Zhitomir. Seu amplo repertório incluía principalmente obras de Ludwig van Beethoven e dos compositores russos modernos.
Rubinstein, Arthur (1887-1982), pianista americano de origem polonesa, famoso sobretudo por suas interpretações de obras de compositores românticos, como Frédéric Chopin. Em 1940, fixou residência nos Estados Unidos e, a partir daí, realizou turnês internacionais, atuando também com freqüência no rádio, na televisão e no cinema.
Sayão, Bidu (1903-1999), soprano brasileira que gozou de notável popularidade nos Estados Unidos. Nasceu no Rio de Janeiro a 11 de maio de 1903. Foi aluna de Jean de Reszké, estreando no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1926 como Rosina, no Barbeiro de Sevilha. Em 1928 apresentou-se no Teatro Colón de Buenos Aires e depois cantou nos melhores teatros europeus. De 1937 a 1951, foi estrela do Metropolitan de Nova York, que mais de uma vez lhe deu a honra de abrir a temporada. Em 1945, foi a segunda na lista das cantoras mais populares dos Estados Unidos. Apresentou-se como solista de concertos com Arturo Toscanini e Villa-Lobos. Possuía voz pequena, mas belíssima, com técnica perfeita. Foi também excelente atriz e encantava pela sua graça e feminilidade. Ficou famosa nos papéis de Rosina, Zerlina, Susana e Mélisande. Despediu-se do palco em 1958 e vivia nos Estados Unidos, onde faleceu. Em 1995, foi homenageada no carnaval do Rio de Janeiro. Era membro da Academia Brasileira de Música.
Solti, Sir George (1912-1997), pianista e maestro inglês de origem húngara, famoso por sua forma enérgica de reger. Ocupou o cargo de diretor musical do Covent Garden de Londres (1961-1971) e da Sinfônica de Chicago (1969-1991).
Toscanini, Arturo (1867-1957), maestro italiano que levou a música clássica a milhares de novos admiradores, durante sua prolongada carreira de quase 70 anos. Regia sempre de memória e é citado como o maestro que recuperou o estilo e a disciplina nas apresentações das óperas italianas, especialmente as de Giuseppe Verdi. Muitos críticos o consideram o melhor regente da música de Beethoven e Brahms
Walter, Bruno (1876-1962), regente de origem alemã, famoso por suas interpretações dos compositores austríacos Gustav Mahler, Anton Bruckner e Wolfgang Amadeus Mozart. Foi considerado um dos últimos representantes da tradição musical dos grandes clássicos vienenses do final do século XIX.
Zukerman, Pinchas (1948- ), regente americano e virtuose do violino e da viola. Regeu as principais orquestras americanas e atuou como intérprete em récitas sob a regência de Isaac Stern e Itzhak Perlman.