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Revista Engwhere - Subestações Elétricas: Orçamentos Coerentes e Precisos
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ORÇAMENTO, PLANEJAMENTO
E CANTEIROS DE OBRAS
    Ano 05 .  nº 42.  01/05/2005
Nesta Edição

Subestações Elétricas: Agradecimento a Usuário e Outros E-mails de Interação
Marketing Empresarial: O Comprador de Serviços de Engenharia
Filosofia: Luz sobre a Mesa
Ética e Educação: Qualidade de Decisão
Comunicação Ambiental: Mídias Ambientais Impressas

A Notícia do Mês: Dois Novos Softwares de Engenharia (da Grife) EngWhere

Em lançamento, com preços especiais, 2 modernos e funcionais softwares para facilitar a vida do Profissional.

EngWhere DO - Diário de Obra para Todos os Modelos

Com versáteis bancos de dados que permitem:
. A elaboração de diários de diversas obras simultaneamente;
. A criação e armazenamento de diversificados modelos de diários, suportando tabelas e pequenas imagens. Com ferramentas para formatação de textos;
. A navegação instantânea entre as páginas, facilitando cópias e colagens de trabalhos anteriores, agilizando o processo. Para se deslocar entre relatórios basta clicar nos dias do calendário à esquerda. Os Relatórios de diversos dias podem ser exibidos simultaneamente em cascata, lado-a-lado na horizontal, na vertical ou como ícones;
. A importação de textos do Word (arquivos rtf) e a colagem de tabelas do Excel;
. A exportação dos relatórios para o Word e demais programas do Windows;
. Com Agenda de Apontamentos, de Endereços, Senha de Acesso e Calculadora;
. Tem 13,0 MB, com download e liberação pela Internet.

EngWhere BD - O Banco de Dados do Profissional

Para armazenamento e organização de textos, tabelas, imagens e apontamentos.
O EngWhere BD é um utilitário com poderoso banco de dados para manter de forma organizada e segura todas as matérias.

Em um único arquivo, quatro possibilidades de arquivamento / navegação:
a. textos dispostos em árvore (tipo Explorer);
b. textos formatados e tabelas, dispostos em planilhas;
c. armazenamento de imagens (bmp, jpg, gif, ico, etc.);
d. armazenamento e edição de notas e apontamentos.

. Permite a criação de novos bancos de dados vazios a serem lotados com as mais diversas assuntos, sendo útil às empresas e profissionais de todas as áreas;
. Permite serem acrescidas ou editadas todas as anotações;
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Desenvolvidos em Visual Basic, para todos os Windows.

  Subestações Elétricas . EM MORIGERANTE E-MAIL RESPONDIDO

Dear Mister Richard

Sua retribuição nos caiu como uma benção pós-apocalíptica. Nestes últimos dias estivemos respondendo nossos 700 e-mails mensais com solicitações de boletins grátis, consultoria grátis, software grátis, curso grátis, que estávamos imaginando estar a Engenharia, moribunda, nas escadarias da Igreja da Sé.

Antes de abrir o orçamento que nos enviou deduzimos ser de qualidade. Quem sabe o que faz não tem vergonha de mostrar. Esta de dizer que os orçamentos são confidenciais é conversa pra boi dormir. Confidencial é tão somente o preço final e os estudos para se conseguir alcançá-lo, na véspera da concorrência. Não tem porque esconder do colega os cálculos e as ferramentas para facilitar seus trabalhos, e isto é válido também para as contas dos calculistas de estruturas de concreto: se as mantêm como segredo de estado é por não terem muita certeza que estarão corretas.
E quanto mais escondem menos aprendem, pois perdem oportunidade de trocar conhecimento que até os mais sabichões precisam.

Antes, pois, de abri-lo, e apreciá-lo, vamos repetir o que você já sabe:
a) a grande dificuldade nas subestações elétricas são as obras enterradas. Bases, canaletas, malha terra, drenagem, tubulações, eletrodutos, às vezes túneis de cabos, se não levados a sério, só irão causar os atrasos, os prejuízos e os transtornos que você está acostumado a ver. É preciso não esquecer que as escavações aprontarão uma parafernália e depois de prontas (e somente depois) serão cobertas com uma trabalhosa e cara camada de brita, e o Fiscal estará com o saco cheio de dizer que não quer saber de mais escavações após a brita lançada.

b) Lógico que planejar a entrega dos materiais e equipamentos da Montagem Eletromecânica é muito importante, mas este Planejamento é tão fácil que nem vamos perder tempo com ele.

c) A mão-de-obra de montagem não é tão significativa em relação aos materiais e equipamentos, é verdade, mas isto não é justificativa para tanta gente não saber orçar subestações elétricas.
Aliás, também deduzimos que você não é do ramo, pois para orçar subestações tão bem, como imaginamos estar seu trabalho, é necessário ter escola, e isto está faltando a esta gente. Por isso que não mostram o que estão fazendo.

d) Assim, e já convictos que há esperanças para a Engenharia, desembrulhamos o presente:
1. O que primeiramente procuramos foram os custos indiretos. Muitos estão diluídos na planilha ou no BDI, e não foi possível separá-los com precisão, mas podemos garantir-lhe que as despesas indiretas e as taxas do BDI, para obras deste porte (subestações de 69 a 138 kv) giram em torno de 100 a 130% dos custos diretos (incluindo o fornecimento do material civil e de montagem e excluindo os equipamentos de alta), em função do tamanho da montadora.
Refaça as contas de forma mais organizada, através dos espetaculares softwares de orçamento que dispõe, e confira.
Levante e anote sempre esta proporção, pois quando for orçar muitas obras similares, próximas uma das outras e para o mesmo cliente, e ainda não dispuser de muito tempo para isto, bastará calcular uma única vez.

2. Compor os preços de estruturas metálicas baseado em seus próprios índices de produtividade será mais garantido que utilizar preços fornecidos pelos gatos, por mais confiáveis que sejam seus gatos.

3. Ao orçar a montagem dos equipamentos de alta tensão lembre-se de levar em conta sua quantidade. Para montar, por exemplo, um único isolador de pedestal irá demorar quase o mesmo tempo que para montar três.

4. Para saber com precisão quantas ligações seu eletricista faz por hora, divida por dois a quantidade que ele garante que faz.

5. Caso exista na região da obra algum comprador de ferro-velho, ou de sucata, será sempre conveniente aumentar uns 5 % nas perdas dos cabos e conexões de cobre.

6. Realmente, e nisto nunca erramos, seu orçamento está muito bom. E não vá espalhar por aí, mas aprendemos com ele.

Abraços.

Palavras-chave

subestações elétricas, obra, cronograma, pert, construtora, engenharia, construção civil, cronogramas, consultoria, projetos, modelo proposta orçamento, planejamento e controle de projetos, planilha de encargos sociais, preço de mao de obra
  Ênio Padilha . MARKETING EMPRESARIAL

O Comprador de Serviços de Engenharia

Ênio Padilha
Engenheiro, escritor e palestrante.
Formado pela UFSC, em 1986, especializou-se em Marketing Empresarial na UFPR, em 1996/97.
Escreve regularmente e seus artigos são publicados, todas as semanas, em diversos jornais do país.
eniopadilha@uol.com.br

Nada aborrece mais a um bom engenheiro do que um comprador metido a esperto!
Você conhece o tipo: ele trabalha em uma empresa cliente e é o responsável pela contratação do serviço. Fez vários cursos de negociação e aprendeu que um comprador deve sempre conseguir o melhor preço.
“Melhor preço”, para ele, significa “menor preço”. Mesmo que o menor preço o leve direto ao pior serviço. Não importa. Ele avalia seu próprio desempenho (como comprador) pelo valor correspondente à diferença entre o preço da proposta mais alta e aquela “mais em conta”.

Negociar, para ele, significa “baixar o preço”. É a única coisa que importa. Quanto mais ele conseguir baixar o preço mais ele se sente eficiente.

Alguns agem assim por arrogância, prepotência ou pelo simples exercício gratuito de poder.

Outros, por preguiça. Sabem que não é a forma mais inteligente de agir, mas não querem se dar ao trabalho de aprender como se faz.

A maioria, no entanto, tem esse comportamento por pura ignorância. Eles não sabem o que estão fazendo.

É isso mesmo. Não se espante. Uma das características dos serviços de Engenharia é justamente o fato de que a maioria dos clientes não sabe discernir entre um bom serviço e um “dinheiro jogado fora”. Isso se deve justamente ao fato de que serviços de Engenharia são produtos cuja correta avaliação depende de conhecimentos técnicos que nem sempre são dominados pelo cliente. A análise da relação custo x benefício nem sempre está ao alcance dos conhecimentos do comprador. Isto contribui para que os serviços de Engenharia e de Arquitetura sejam produtos muito “mal vendidos” (e mal comprados).

Engenheiros e Arquitetos precisam se dar conta da importância estratégica do tal do Marketing Institucional. Isto significa, basicamente, o seguinte: mais de metade de tudo o que um engenheiro ou arquiteto fizer, em termos de marketing, deve ser institucional. Ou seja, com o objetivo de construir (na cabeça do cliente) uma imagem positiva da Engenharia ou da Arquitetura (e não apenas da sua empresa ou do seu produto).

O profissional precisa ter claro para si que o mercado não sabe comprar serviços de Engenharia e Arquitetura. Portanto, precisa aprender. E não há melhores “professores” disponíveis do que os próprios profissionais fornecedores desses serviços.

Temos de incorporar esse “conceito” como fundamental. Qualquer atividade de marketing precisa ter uma dose (pelo menos 50%, repito) de institucional. É preciso “ensinar” ao mercado que a única maneira inteligente de comprar Engenharia e Arquitetura e fazer a análise da relação Custo x Benefício. É preciso destacar a importância, a utilidade e a necessidade da Arquitetura e da Engenharia, antes mesmo de tentar convencer o cliente a contratar um determinado profissional em particular.

O combate aos compradores “espertos” com suas técnicas de compra infalíveis, cuja cultura já está disseminada no universo corporativo só se dará com inteligência e estratégia.

É um trabalho de todos os profissionais. E precisa ser incorporado às tarefas do dia-a-dia.

Leia outros artigos no site do Especialista: http://www.eniopadilha.com.br

Você já usa o Engwhere e acredita que poderia aproveitá-lo mais e melhor do que faz atualmente?

Piadinhas e efeitos especiais. Será necessário ser bem rápido: logo ao iniciar tente clicar em uma área vazia da tela de inicialização do Software ( splash screen) para congelá-la. Depois clique no botão Stop que será exibido, depois dê 2 cliques bem no canto inferior esquerdo, depois em Desenvolvido por, e role para ver os créditos do Software, que são os mesmos da Revista, da Consultoria, do Site, do Boletim, etc.
Qualquer clique errado o formulário sairá do ar e será necessário começar tudo de novo.

  Coluna do Pimpão
Orcamento de obras
  • Unidades corretas
    Cada um escreve de um jeito e poucos com precisão mas as abreviaturas dos nomes dos cientistas quando em unidades também precisam ser escritas em maiúsculas, como, por exemplo: kV (devido ao Volt), kW (ao Watt), etc., no mínimo para cumprir a homenagem.
    As demais letras são escritas geralmente em minúsculas.
   E-Mails Recebidos
 Agenda, Memos & CI's

Boa tarde Srs.
Recebo de vcs várias revistas por e-mail e queria parabenizá-los pelo conteúdo. Simplesmente nota 10.
Gostaria sempre de contar com vocês.
Sem mais
Obrigado.
Júlio César

Amado,
Bastante interessante a planilha de planejamento quinzenal.
Ferramenta simples mas de grande utilidade para  tocadores de obra.
Os  iniciantes ganharão muito com o uso  e os veteranos, que  o único planejamento é o caderno (mais antigos ou a            agenda os mais novos), poderão iniciar um planejamento mínimo.
eduardo  vilar

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EngWhere
. O Software do Engenheiro
EngWhere + EngWhere BDI
  Coluna do Borduna
Orcamentos de obras
  • EngWhere - O "Magma" Software de Orçamento
    O mineiro Guimarães Rosa iniciou sua tragetória de gênio participando de um concurso de poesia da ABL, que tinha o grande poeta Guilherme de Almeida como relator e autor do parecer da comissão que julgou o concurso, com 24 concorrentes:
    É, pois, meu parecer que seja o 1º prêmio do Concurso de Poesia de 1936 concedido ao livro "Magma", de João Guimarães Rosa; e que não seja a ninguém, neste torneio, conferido o segundo prêmio, tão distanciados estão do primeiro premiado os demais concorrentes.

"Felizmente, para estarmos, aqui, na Bahia, bastava estarmos no Brasil; pois, aonde quer que se estenda a pátria brasileira, aí se sentirá palpitando o coração da pátria baiana. Desta, no leite com que me amamentaram, aprendi a não distinguir Norte ou Sul, fronteiras ou sertões, abraçando no mesmo amor todo o imenso país abençoado, que os nossos maiores nos legaram inteiro, para que o herdamos a nossos filhos indivisível. E, se principiarei nomeando-vos aquela região querida, o amável torrão onde minha mãe me trouxe ao seio, foi para começar esta homenagem como o sentimento me pedia, rendendo aos antepassados, pela evocação mais cara à minha saudade, o culto que lhes cabe na horas solenes, esse culto de que se faz a base moral das índoles crentes e das nações grandes."

Rui Barbosa.

Este mês tem Boletim Exclusivo do Usuário
As Vantagens do Usuário de um Software de Orçamento desenvolvido por quem entende de Orçamento!

Este mês o Boletim vem da Bahia (sempre a Bahia: ao ser lançado o Software, então com o nome de Pimpão, foram os baianos, e depois os demais estados do Nordeste e do Norte, os que mais acreditaram e deram a força para acreditarmos em nós mesmos. Por isto são também culpados pela existência desses boletins).

. Cronogramas Físico-Financeiros no Excel (2 modelos).
. Oferta de arquivos para troca: Armazém Geral com preços atualizados da Bahia, agora inventando o "Intercâmbio" entre engenheiros.

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  Adilson Luiz Gonçalves . FILOSOFIA
Luz sobre a Mesa
Adilson Luiz Gonçalves
Engenheiro, Professor Universitário e Articulista.
algbr@ig.com.br

Numa das passagens do Novo Testamento, Cristo afirma – sobre o risco que corria pela exposição clara de sua doutrina – que, para iluminar, a luz deve ficar sobre a mesa, e não sob ela!

Assim é com o conhecimento: ele deve ser aberto e exposto, para gerar frutos que alimentem todos!

Infelizmente, a história mostra que nem sempre é assim...

Desde a Antiguidade o conhecimento sempre foi tratado como instrumento de poder secular, sem muita preocupação com o bem comum. Não raro, seus portadores o envolviam com aspectos místicos, para amedrontar os ignorantes e tirar proveito da má índole dos poderosos.

A transferência do conhecimento era feita em círculos fechados e somente para “iniciados”, selecionados sob critérios próprios. Todo o processo envolvia rituais, códigos e segredos mantidos “às sete chaves”, que amedrontavam e afastavam os plebeus, mas estavam adequadamente disponíveis aos poderosos.

Qualquer falha na proteção e ocultação do conhecimento era punida de forma terrível, tida, externamente, como sobrenatural. Na melhor das hipóteses, o destino do responsável era semelhante ao de Prometeu... O objetivo, obviamente, não era preservar ou aprimorar o conhecimento, mas assegurar o poder secular que seu domínio propiciava.

A luz era mantida sob a mesa, pois as trevas eram o ambiente ideal para o exercício de suas intenções. Não é muito diferente hoje...

Quando alguns pensadores antigos resolveram pregar e discutir suas idéias em locais abertos, passou a ficar igualmente claro que qualquer um, desde que demonstrasse aptidão e empenho, poderia assimilar e, mais que isso, aperfeiçoar e evoluir conceitos e conhecimentos.

Os mestres e seus conhecimentos deixaram de ser sombras para se tornarem luz! Mas aspectos menos nobres, como a exigência de ascendência nobre para ter acesso ao aprendizado, ainda limitavam a evolução. O conhecimento ainda era utilizado como instrumento de elitização, sem necessariamente, produzir benefícios universais.

Centenas de anos se passaram até que a capacidade intelectual do ser humano fosse reconhecida e valorizada fora dos âmbitos aristocráticos e burgueses, embora sempre ao serviço destes. Ainda existem os mesmos segredos - mantidos “às sete chaves” -, acrescidos dos segredos de mercado – o que os anteriores também não deixam de ser... O que há de novo é que o conhecimento é exposto nas Universidades de forma aberta e democrática.

É certo que ainda existem mestres que escondem o que sabem, envoltos em “misticismo” e mais ávidos em arrebanhar admiradores do que em difundir e aprimorar o saber. Mas a maioria encara sua função como a de um atleta numa corrida de revezamento: sabe que é portador de um conhecimento, dá o melhor de si para desenvolve-lo, mas tem consciência de que é parte de um processo. O sucesso dessa corrida sem fim está em saber passar corretamente o bastão para que o próximo avance além, em nome da evolução da humanidade!

A luz está sobre a mesa e lembra outras passagens bíblicas, análogas: a do senhor que, antes de viajar, distribui valores aos servos; e a das sementes. Nos dois casos o conhecimento só tem valor quando se multiplica, dissemina e promove o bem comum.

É óbvio e natural que quem participa diretamente da evolução do conhecimento deseje – e mereça – obter proveito de seu esforço; mas quem o mantém inerte e oculto - por medo, vaidade, interesse ou má-fé - presta um desserviço inaceitável e imperdoável para com a humanidade!

Fones: (13) 32614929 / 97723538

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  Paulo Sertek . ÉTICA E EDUCAÇÃO

Qualidade de Decisão
Virtude da Prudência - Parte I
(1)

Engº Paulo Sertek
Mestre em Tecnologia e Desenvolvimento
Engenheiro Mecânico e Professor de Cursos de Pós-Graduação em Ética nas Organizações e Liderança
Pesquisador em Gestão de Mudanças e Comportamento Ético nas Organizações
Assessor empresarial para desenvolvimento organizacional
psertek@xmail.com.br

Oprocesso de melhoria pessoal exige uma particular atenção ao desenvolvimento da capacidade de escolha de objetivos. Tendo conceituado que a ética dirige-se a máxima perfeição do homem. De que modo se pode chegar ao desenvolvimento pleno das potencialidades pessoais?

PIEPER (2), apresenta as características humanas potenciadas pelas qualidades fundamentais, como sendo o modo de estar certo enquanto homem, especialmente aplica-se à auriga virtutum: virtude que tem a primazia de ser a condutora: a prudência.

O aperfeiçoamento pessoal e das organizações são atingidos com a qualidade na escolha dos fins e dos meios a se empregar para atingi-los. Tender-se-á a excelência na medida que as decisões sejam pautadas pelo critério: "Atingir fins de qualidade empregando meios de qualidade". É fundamental enxergar as ações sempre na sua unidade: dimensão externa ;"fazer", e dimensão interna; "agir". A prática da qualidade somente incide na realização da pessoa se fortalece a vinculação entre o aperfeiçoamento de uma coisa externa e o aperfeiçoamento de quem a realiza. O homem, quando age, age como um todo. Portanto as suas decisões devem ao mesmo tempo buscar eficácia técnica e agir honradamente. No leme de condução das decisões deve estar a virtude da prudência. Ela deve ser entendida no seu sentido genuíno; visão ampla e realista: objetividade.

A ética se ocupa da escolha virtuosa dos fins e dos meios que compõem a ação humana. Os objetivos pretendidos dão as diretrizes para a concretização dos passos intermediários. Quanto melhor estiverem perfilados os objetivos haverá maior unidade na ação. Por outro lado os objetivos têm que ter em conta os dois aspectos ou dimensões da ação. Caberiam várias possibilidades no projeto das ações: o fazer mal ou o fazer bem, combinados com o mal agir ou com o bem agir. A qualidade, a excelência dirige-se a um fazer bem vinculado ao agir bem. Ainda que, em teoria, se possa falar de qualidade no “agir” sem qualidade no “fazer”, na prática, os objetivos mal pensados, mal definidos costumam ocorrer por deficiências de virtudes; faltas de conhecimento, reflexão atenta, competência, etc. A causa está muitas vezes, não em defeitos técnicos, acidentes, mas defeitos humanos que encerram conotação ética: precipitação, preguiça, negligência, imperícia, etc.

O agir mal desvirtua o melhor fazer bem; é o caso do trabalho executado com perfeição técnica, mas realizado com uma intenção tortuosa. As escolhas do mal agir incidem negativamente na realização da pessoa. A médio e longo prazo produzem a insatisfação de vida. Em muitos ambientes a motivação principal para o progresso profissional acaba sendo fundamentalmente a busca de melhoria de "status" ou de recompensa financeira. A postura ética adequada é a de trabalhar bem, como valor que encerra em si mesmo, e em decorrência adquirir prestígio ou benefício. Logicamente isto é perfeitamente compatível com a exigência legitima dos direitos pessoais.

Há outros objetivos que são intrinsecamente maus. Por melhores que sejam as intenções ou as técnicas empregadas não mudam sua qualificação ética negativa. É o caso do roubo, fraude, mentira, tráfico de influências, corrupção, etc.

A capacidade de decidir-se bem não é só para os momentos que exigem grandes definições, tomadas de posição arrojadas ou projetos de grande calibre. As ocasiões para decisões deste tipo são poucas durante a vida. O que ajuda ganhar o hábito de decidir-se bem são as pequenas e múltiplas decisões do dia a dia. É o treino prévio e constante que prepara o atleta para a grande olimpíada. Como qualquer outra virtude o crescimento dá-se a base de repetição de atos. Progride-se procurando ser, nas menores decisões; justos, ponderados, diligentes, etc.

O ponto de partida das decisões de qualidade está no saber agir e no saber fazer. É começo da prudência o saber que não se sabe. Sem um conhecimento suficiente não há condições para decidir-se bem. Um bom profissional tem que estar em dia no conhecimento da ciência ou das técnicas próprias do seu trabalho. Não é suficiente o desejo de fazer bem é preciso saber fazer.

Hoje em dia chama a atenção a quantidade enorme de profissionais, excelentes técnicos, mas com uma deficiência enorme na sua formação humanística. Faz falta uma formação visando a melhoria dos conhecimentos e da prática dos critérios éticos. Esquecer-se da dimensão do agir, leva a perder a perspectiva da realização do homem enquanto homem.

O grau de qualidade de uma decisão mede-se pela sua objetividade; isto é, capacidade de ater-se à realidade. Costuma-se dizer que uma boa decisão é a que está de acordo com a razão: está em conformidade com a realidade. A virtude da prudência fundamenta-se e cresce dentro da objetividade.

"Só pode proceder bem quem sabe como as coisas são e como se relacionam. Não bastam, pois, a chamada 'boa intenção' e a chamada 'boa opinião'. A realização do bem pressupõe uma conformidade do nosso agir com a situação real -quer dizer, com as realidades concretas que rodeiam uma atitude humana- e, por conseqüência, uma lúcida objetividade sobre estas realidades concretas”(3).

Influenciam as decisões aspectos que não tem nada a ver com a realidade das coisas. Interferem os estados de ânimo, preconceitos, ambições desmedidas, o culto a própria imagem, o medo do fracasso, etc.

A prudência está em buscar objetivamente a realidades dos fatos e pautar as decisões sobre eles e não deixar que influências subjetivas os deformem. Um bom critério de objetividade é desconfiar seriamente da sua posse. Portanto decorre disto o hábito de abertura ao outro para contrastar as próprias opiniões e conhecimentos.

Todas as virtudes situam-se entre dois extremos viciosos. Correspondem ao "justo meio" que não significa a metade do esforço, a mediocridade; trata-se de um cume entre dois abismos em que estão as faltas por excesso e as faltas por defeito. A valentia está entre um vício por excesso que é a temeridade, e no outro extremo, por defeito, a covardia. O justo meio não é um cômodo ponto intermediário. A ação valiosa, a que busca a excelência está numa posição que exige maior energia do caráter. É o ponto mais esforçado.

A virtude da prudência aponta onde está este justo meio nas situações concretas. Regula a tendência a decidir-se unicamente pelo espontâneo das emoções. Agir com prudência supõe deixar o governo da ação à inteligência e esta por sua vez governada pelos princípios éticos. Na elaboração de um artigo em que analisa as funções do senso de propósito VAILL destaca que: "A renuncia voluntária às opções atraentes é uma das mais poderosas formas de propósito. Ela comunica e inculca disciplina" (4).
(continua no próximo Número)

Leia outros textos sobre Ética e Educação no site do Professor
tel. (41) 233-5676
CETEC -Consultoria
www.ief.org.br

(1) SERTEK, P. Desenvolvimento Organizacional e Comportamento Ético. Dissertação de Mestrado. CEFET/PR – PPGTE . 2002. disponível no endereço: http://www.ppgte.cefetpr.br/dissertacoes/2002/sertek.pdf
(2) PIEPER, Josef, Estar certo enquanto homem, As virtudes cardeais, do sítio, consultado em 27.07.2002, http://www.hottopos.com.br/videtur11/estcert.htm
(3) PIEPER, Josef- Virtudes Fundamentais, Editora Aster- Lisboa
(4) VAILL, Peter B., O senso de propósito nos sistemas de alto desempenho, In: STARKEY, Ken, Como as Organizações Aprendem, São Paulo-SP, Futura, 1997, p. 88

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  Vilmar Berna . MEIO AMBIENTE

Mídias Ambientais Impressas
de Caráter Comercial e Circulação Nacional

Jornalista Vilmar Berna    
Ambientalista de renome internacional e único brasileiro homenageado pela ONU    
com o Prêmio Global 500 Para o Meio Ambiente, no ano de 1999.    
Fundador do Jornal do Meio Ambiente.    
www.jornaldomeioambiente.com.br    

1. Jornais
Título e Características gráficas Tiraragem e periodicidade Editor Público-Alvo
      Multiplicadores de Opinião em meio ambiente (ONGs, etc.) Gerentes e técnicos de meio ambiente de empresas públicas e privadas Secretários de meio ambiente de prefeituras Educadores ambientais Público Geral Outros
Jornal do Meio Ambiente Formato: tablóide
Papel: Jornal
Nº Páginas: 16 Cor: 4/1
Fundado em 01/01/96
25.000
mensais
Vilmar Berna
Tel/fax:
(021) RJ 610-2272 / 7365
vilmarberna@jornal-do-meio-ambiente.com.br
1
Mala direta gratuita (atinge todas as ONGs ambientalistas brasileiras)
2
Mala direta gratuita e assinaturas pagas
2
Mala direta gratuita e assinaturas pagas
2
Mala direta gratuita e assinaturas pagas
2
Venda em Banca (RJ)
2
Distribuição gratuita em eventos ambientais e assinaturas pagas
Folha do Meio Ambiente Formato: tablóide
Papel: Jornal
Nº Páginas: 32 Cor: 16 (4/4 ) e 16 PB
Iniciou suas atividades em junho de 1989.
70.500
mensais
Sisvestre Gorgulho
Tel.: (061) 321-3765 folhamei@zaz.com.br
2
Agências financiadoras de projetos; ONGs.
2
Autoridades; todos os deputados e senadores - DF
2
Prefeitos
1
Mala direta gratuita e assinaturas pagas (Enviado para cerca de 53 mil escolas)
2
Venda em Banca (DF)
2
Distribuição gratuita em even-tos ambientais e assinaturas pagas (880 jornais para o exterior - Embaixadas, 94 postos diplomaticos brasileiros no exterior)
Terramérica Formato: tablóide
Papel: Jornal
Nº Páginas: 16
Cor: 4/1
200.000 mensais Adalberto Marcondes
Tel/fax: (011) 814-1643 terramerica@
envolverde.com.br
0 0 0 0 1
Circula encartado em diversos veículos da Grande Mídia de SP
0
O Estado Ecológicio Formato: Standart
Papel: Jornal
Nº Páginas: 16 Cor: 4/4
Mensal (toda lua cheia) Hiram Firmino
Tel.: (031) 237-5011 ecologic@
net.em.com.br
0 0 0 0 1
Circula encartado no Estado de Minas
0
2. Revistas de Política e Educação Ambiental

Eco.21
Formato: 21 x 28 cm
Papel: couche
Nº Páginas: 50
Cor: 4/4

Bimestral

René Capriles e
Lucia Chaib
(021) 533-0069
eco..21@opelink.com.br

0 2 2 2
assinaturas pagas
0 1
Distribuição gratuita em eventos ambientais

Ecologia& Desenvolvimento
Formato: 21 x 28 cm
Papel: couche
Nº Páginas: 64
Cor: 4/4

Bimenstral

Beatriz Bissio
(021) 221-7511
etm@etm.com.br

0 2 1
Distribuição gratuita em even-tos ambientais e assinaturas pagas
2
assinaturas pagas
0 2
Distribuição gratuita em eventos ambientais
3. Revistas Técnicas

Meio Ambiente Industrial
Formato: 21 x 28 cm
Papel: couche
Nº Páginas: 124
Cor: 4/4

Bimestral

Júlio Tocali-no Neto
(011)3917-2878
meioambienteind@
datasesmt.com.br

0 1
assinaturas pagas

2
assinaturas pagas

0 0 0

Gerenciamento ambiental
Formato: 21 x 28 cm
Papel: couche
Nº Páginas: 50
Cor: 4/4

10.000
mensal

Cláudio B.J. Moura
(011) 247-1881
bjmoura@uol.com.br

0 1
assinaturas pagas
2
assinaturas pagas
0 0 0

Saneamento ambiental Formato: 21 x 28 cm
Papel: couche
Nº Páginas: 64
Cor: 4/4

15.000
Bimestral

Francisco E.Alves
Franalves@
profline.com.br
Sérgio de Oliveira
soliveira@
profline.com.br
(011)814-6899

0 1
assinaturas pagas
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assinaturas pagas
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Extrato do livro O Cidadão de Sandálias do Autor.    
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